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Conversa Afiada - Olá tudo bem?

PAULO HENRIQUE AMORIM, PRESENTE!

Olá, tudo bem?
Não, não, não! Não seja imbecil, Orlando!
Evidentemente que não!

É claro que eu queria que isso fosse só uma Conversa Fiada.
Não foi.
Como eu pensei que era fake.
Não é.

Lamentavelmente é New.

E a dor reside na novidade, a triste e trágica novidade.
A dor de pedra estava na verdade.
Na estúpida verdade.

Na perda irreparável e insubstituível do maior jornalista brasileiro.

Paulo Henrique Amorim nos deixa quando o país não poderia ficar sem ele.
Sem a irretocável inteligência e a flamejante coragem dele.
A democracia, a liberdade de expressão e o estado de direito não podiam prescindir de seu pensamento cirúrgico e visão aguçada dos fatos.

Num momento monumentalmente difícil para a nação quando os ódios conspiram contra a verdade.

Acho que foi direto de uma redação vazia, às escuras e órfã do sol de suas palavras.
Magistrais.
Brilhantes.

Foi de lá que me ligou o Vasco.
Para contar de sua partida.
Mas para me fazer lembrar também de que quando parte um homem, um grande homem – e PAULO HENRIQUE AMORIM é esse homem – fica o seu legado.
Ficam os frutos maturados de seus ensinamentos e o valor das verdades que defendeu.
A imensurável herança imaterial daquilo que ninguém, nem o tempo, nem as ideologias conseguirão apagar.

Me conta o Vasco, pois, que PHA deixa o seu exemplo de jornalista pautado pelos princípios da ética e da retidão.
Sim, Paulo Henrique foi um homem reto.
Problematizador, mas digno e honrado.

Seu símbolo maior era a coragem.

A Civilização Ocidental perde o seu melhor. O âncora dos âncoras do melhor jornalismo!

Isso é do conhecimento até do “reino mineral”, diria o Mino Carta. Que dirá o PIG!

A forma, o jeito de falar e dizer o que telespectador e leitor precisavam ouvir.
De uma forma única.
Incisivamente.
Admiravelmente.
Cativante.

PHA nos deixa irremediavelmente sós.

Com seu Conversa Afiada, Deus revela em uma Rádio-Navalha, numa edição nada especialíssima, que você vai, afiando os astros a caminho do Céu para que eles e o Universo se alinhem às ideias de liberdade nossa e do Brasil.

Siga em paz, PHA.

Por aqui vai ficando este grande fã, discípulo, aprendiz, admirador e seu amigo-navegante.

Porque navegar vai ser preciso...
Boa viagem e Boa Sorte!

(OrlandoDeSouza)

Paulo Henrique Amorim entrevista João Pedro Stedile, líder do MST


PHA:  Você poderia descrever que atividades foram feitas ontem pelo Movimento dos Sem Terra em todo o país ? 

Stédile: O MST, assim como outros movimentos da Via Campesina, diversos movimentos da Frente Brasil Popular, sindicatos da CUT e da Central de Trabalhadoras do Brasil desenvolvemos uma jornada nacional de paralisação de atividades e protestos contra a votação no Senado que deve afastar a Presidenta Dilma. É uma maneira de alertarmos a população e empresários em geral de que eles podem controlar os parlamentares, mas não controlam a produção e a sociedade em geral.

PHA: Esse movimento, você acredita, como me disse o Boulos, é apenas o começo?

Stédile: Eu acho que há um sentimento na sociedade de indignação contra essa hipocrisia do impeachment e, por enquanto, quem está se mobilizando são as parcelas organizadas da classe trabalhadora. Eu acredito que, devagar, outras parcelas se envolverão em mais mobilizações, assim que começar o governo ilegítimo do Temer, que vai implementar um programa neoliberal e vai afetar os interesses da classe trabalhadora. A classe trabalhadora ainda não se deu conta do temporal que vem por aí. Quando ela se der conta, acho que as mobilizações vão se ampliar em todo o país. Nesse sentido, o que aconteceu hoje é apenas um sinal.
 
PHA: Você diria que, com essa movimentação de hoje, houve uma unidade dessas forças políticas que pretendem contestar ou evitar que o Golpe se concretize?

Stédile: Eu acho que, nos últimos meses, houve um processo de unificação das forças populares, que estão presentes da Frente Povo Sem Medo e na Frente Brasil Popular, mas, sobretudo, houve uma unidade com setores como intelectuais, artistas, juristas, igrejas cristãs e de matriz africana. Na semana passada, entregamos ao Renan [Calheiros, presidente do Senado] e ao presidente [do STF] Ricardo Lewandowski três volumes com mais de 320 abaixo-assinados com milhões de assinaturas contra esse processo de impeachment. Eu acho que entre as forças ativas da sociedade há uma unidade grande contra o Golpe.

PHA: Como você descreveria a posição dos partidos? Como você descreve a posição do PT nesse momento?

Stédile: Acho que os partidos estão acompanhando o que as forças populares estão se manifestando. Os partidos, de maneira geral, perderam a capacidade de mobilização por si só. Eu vejo até como uma posição bastante humilde deles que reconhecem que as únicas forças capazes de fazer frente ao Golpe são as mobilizações de ruas, já que, nos últimos anos, os partidos priorizaram apenas as eleições e o Parlamento. Não resta outro caminho aos partidos a não ser se somarem às forças populares.

PHA: O senador João Capiberibe, o PCdoB e o senador Requião encaminharam a proposta de novas eleições. Seja através de um plebiscito para convocar eleições ou convocar eleição já. Qual a posição do MST?

Dr. Klouri e PHA não cansam de bater em Dantas

O Blog do Briguilino reproduz e-mail e texto originalmente publicado no Conversa Afiada


Caro Paulo,

A 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, tendo como Relator o Exmo. Sr. Desembargador Rogério de Oliveira Souza, proferiu acórdão confirmando na íntegra a sentença da 41ª Vara Cível que afastou o pedido indenizatório formulado pelo Daniel Dantas.

Abs,

Paulo Henrique Amorim


Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 1943, é filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim. Estudou em escolas da cidade onde nasceu e começou a trabalhar já adolescente em ligações com a imprensa.

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Carreira

O primeiro emprego como jornalista foi no jornal A Noite na mesma cidade onde nasceu e trabalhou em 1961, quando fez primeira cobertura para o jornal quando o presidente Jânio Quadros renunciou e o governador do Rio Grande do SulLeonel Brizola formou a Cadeia da Legalidade para garantir a posse do vice, João Goulart.
Passou a maior parte da sua vida trabalhando para exterior nos Estados Unidos, onde era repórter e correspondente internacional na maior parte da carreira, primeiro à revista Veja e depois àRede Globo, tendo aberto sucursais para esses veículos em Nova Iorque.
Cobriu eventos com repecussões internacinais: a eclosão do vírus ébola na África (1975 a 1976); a eleição (1992) e a posse do presidente norte-americano Bill Clinton (1993); os distúrbios raciais (1992) e o terremoto (1994) de Los Angeles; a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México (1994).
Em 1996, foi demitido da Rede Globo, após desenteder com a direção e integrantes da emissora.[carece de fontes]
Em 1997, foi contratado pela Rede Bandeirantes, onde apresenta o telejornal Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado.
Em janeiro de 1999, deixou a emissora em protesto contra direção da emissora, por intervenção no telejornal Jornal da Band. Quando a emissora decidiu demitir por abandono de emprego, passou fazer diversos ataques contra emissora, o que rendeu cinco processos da emissora contra ex-empregado pelas declarações ofensivas.[1]
Em 1999, foi contratado pela TV Cultura, onde apresentou o talk-show Conversa Afiada, produzido pela PHA Produções, empresa dele mesmo, até final de 2002.[carece de fontes]
Em 2003, foi contratado pela Rede Record, onde apresenta o Jornal da Record 2ª Edição e o Edição de Notícias. De 2004 até final de janeiro de 2006, passou a apresentar a revista eletrônicaexibida às tardes Tudo a Ver, com Janine Borba e posteriormente com Patrícia Maldonado. Desde fevereiro de 2006, apresenta o programa Domingo Espetacular, com Fabiana ScaranziJanine Borba e Adriana Araújo.

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Escândalo em 2008: Caso iG

Durante quase dois anos, de 2006 a 2008, manteve o blog Conversa Afiada no portal iG, em cuja página principal tinha um quadro de destaque permanente. A política era o assunto mais corriqueiro, Amorim mantinha seção intitulada "Não coma gato por lebre", cujo objetivo, segundo ele, era deixar claro para o leitor as preferências e gostos do jornalista, de modo a não passar aos usuários uma falsa imagem de imparcialidade.
Em 18 de março de 2008, porém, o iG retirou abruptamente o blog do ar. Em nota, o iG alegou que a audiência esperada estava aquém das expectativas e que os custos de sua manutenção não se justificavam mais, o que motivara a finalização do contrato antes de dezembro de 2008, o prazo final previsto. Paulo Henrique Amorim afirmou que o contrato havia sido encerrado devido às críticas que fez ao suspeito processo de fusão da Brasil Telecom e a Oi, formando a Br Oi, segundo o qual o jornalista afirmava que várias personalidades políticas se beneficiaram ilicitamente no processo.
Paulo Henrique Amorim relançou o blog Conversa Afiada no mesmo dia, apenas no link provisório (www.paulohenriqueamorim.com.br), que posteriormente mudou por outro em definitivo (www.conversaafiada.com.br/) e contratou o advogado Marcos Bitelli para entrar na Justiça contra o site para obter mandado de segurança com objetivo de recuperar todos os arquivos e posts publicados.[2] 

Epitáfio democrático


por Danton 

Ilimitadas são as tentativas de certos e incertos juristas, ou, como costumo dizer, dos jusabichões de plantão, no objetivo de suprimir direitos fundamentais de defesa dos réus do chamado mensalão. Nesse sentido, a Folha de São Paulo de ontem (23) manchetou: “Último recurso dos réus do mensalão pode nem existir”.

O novo golpe em marcha consiste em usurpar o único recurso a que os réus teriam direito, chamado em juridiquês, de embargos infringentes, com efeitos modificativos, previsto no Regimento Interno da Suprema Corte, desde a malfadada ditadura militar. É cabível esse recurso desde que se tenha uma condenação bastante apertada, isto é, com pelo menos quatro dos onze juízes votando a favor da inocência do réu.   

Na prática, quinze réus têm direito a interpor os embargos infringentes que podem modificar, em tese, o resultado final de algumas condenações, cujos placares foram apertados, com enorme dúvida sobre a culpabilidade, ante a existência de quatro votos absolutórios.

Como se fosse pouco a supressão do direito a que a maioria dos réus teria ao duplo grau de jurisdição, ou seja, de ser julgado em primeira instância, em respeito ao corolário do juiz natural, abrigado na Constituição, os jusabichões agora querem negar, pela vez primeira, o cabimento desse recurso.

O pseudo-debate é porque a Lei 8.038, de 1990, que cuida de alguns procedimentos no STF e STJ não tratou da possibilidade de embargos infringentes no Supremo. A simplicidade do raciocínio é risível: se a tal lei não mencionou é porque o recurso não pode existir mais, foi revogado.

Ora, são inúmeros os procedimentos não versados nessa lei e nem por isso deixaram de existir no processo constitucional. Não vou perder meu tempo explicando essa obviedade em respeito ao leitor.

Sem por lenha na fogueira em que se queimam as “bruxas” da República, Gilmar Mendes (aqui chamado de Gilmar Dantas(*)) soprou inocente declaração à Folha:

“O que se diz é que a Lei 8.038 pode ter revogado a norma do regimento sobre os embargos infringentes, mas isso vai ter que ser definido porque não foi objeto de discussão”.

É, em uma coisa Mendes tem razão: isso jamais foi discutido.

Claro! Nunca se duvidou desse direito dos réus, nunca nenhum juiz pensou em desrespeitar o Regimento Interno do STF para suprimir esse único recurso possível em uma Suprema Corte que, como bem avaliou o maior dos nossos criminalistas, Nelson Hungria, “tem o privilégio de errar por último”.

E após o erro, bem, daí não cabe recurso nem para Sua Santidade ou para o Todo Poderoso.

Curioso é que somente agora essa “dúvida” foi levantada.

Quanto ao “que se diz” sobre a eventual revogação implícita ou tácita, em bom juridiquês, inexiste essa possibilidade, pois a Lei 8.038 não cuidou dos embargos infringentes no âmbito do Supremo.

Mas ele já existia, existe e ponto final.

Não se pode agora interpretar norma que verse sobre direito fundamental (ampla defesa) de forma restritiva, de modo a suprimir esses direitos, pois isso implica em “chute-na-canela” da deusa Themis (com chuteira profissional) ou “batuque-no-caixão” do príncipe da hermenêutica e ex-ministro do Supremo, Carlos Maximiliano (com baquetas profissionais).

Lamentavelmente, não me espanta mais que, somente agora, para os réus do chamado mensalão ) o do PT, como diz este blog), se discuta a legalidade desse tradicional e então pacífico recurso interno.

Ao que parece, os réus desta ação penal estão a receber, dos jusabichões de plantão, um curioso tratamento VIP: “Vamos Imputar a Pena”, custe o que custar.

E nesse estranho duelo Supremocracia x Democracia que relatei em artigo anterior (leia aqui)(**), depois de assistir, entre outras coisas, à supressão de prerrogativa do Congresso Nacional para cassar mandatos, na hipótese de condenação criminal, conforme determina o artigo 55 da Constituição, não tenho dúvida que poderá constar no acordão da AP 470 o seguinte epitáfio: “Aqui jaz a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988”.

Agora só o golpe


Agora, só resta o Golpe à Casa Grande.
Casa Grande, aqui, tem o sentido do Mino Carta.
A Falange que reúne o PiG (*) e seus capatazes, como diz o Mino, os Chinco Campos (**) e os suspeitos de sempre: por exemplo, os economistas de banco que perderam dinheiro com a queda acelerada dos juros.
E perderam o bônus de Natal que recebiam porque eram jenios: sangue-sugas do juro alto.
Depois da eleição para prefeito, quando o partido de Eduardo Campos teve uma expressiva – e localizada – vitória, a Casa Grande e seus capatazes passaram a incensá-lo.
Campos foi candidato contra a Dilma no PiG (*). Agora, não é mais.
Resta o Aécio ? Aécio é Never.
Não passa de Juiz de Fora e não resiste a um novo (e Republicano) Procurador Geral da República.
Aécio não tem o PiG (*) nem a grana do Cerra – clique aqui para ler “Alckmin desenterra Cerra – bye-bye Aécio 2014”. (Aécio também não resiste a um dossiê do Cerra, de manufatura do Marcelo Lunus Itagiba.)
Resta o Golpe.
Ou o Luciano Huck, que, na opinião do Conversa Afiada, é o melhor quadro da Casa Grande: branco, paulista, “banqueiro” feito à imagem e semelhança do Itaú, e global. E global !
Porque grana e PiG (*) não faltam à Casa Grande.
Ela sempre terá um candidato. E 30% dos votos.
 Paulo Henrique Amorim

A política econômica do Governo Dlma é a política econômica da Dilma, que segue a do Lula


[...] Guido Mantega é o executor, de um e outro.
Derrubar o Mantega é derrubar a Dilma – e o Lula.
É uma ilusão supor que um novo Mantega fizesse uma outra política econômica para agradar a ‘Economist’ e seus neo-leitores no Brazil (com “z”, revisor”, por favor.).
Dizer que o Mantega se comunica mal – como propõe nosso blogueiro amigo Luis Nassif – é supor que o Pedro Malan fosse o Chacrinha da Economia.
E já que o Aécio voltou a falar do JK: quem era mesmo o Ministro da Fazenda do JK, hein, amigo navegante ?
Pode-se até discutir a política econômica da Inglaterra – que estará no buraco por muitos anos -, como a americana, a da Alemanha – onde os bancos vão bem e os números vão mal, e o povo só não se estrumbica por causa da sólida rede de proteção social – , da Espanha, de Portugal.
Não é esse propósito dos merválicos – não deixe de ver que o Mino o pegou na vanguarda do Golpe – colonistas (*) pigânicos nem do Aécio que Never sairá de Minas.
Como não é deles o propósito de preservar a Moral e os Costumes com a beatificação do Presidente Joaquim Barbosa.
O negócio é mais embaixo.
É o Golpe.
A rasteira.
O mensalão (o do PT), a Rose ou o Guido.
Vale tudo, como diz o Marcos Coimbra, em inspirada catilinária.
Conversa Afiada pretende lançar no Natal o Prêmio a “Virgem de Higienópolis”, para tratar de uma certa malta, como dizem meus antepassados portugueses.
Porque o Guido é a Dilma, estúpido.
E não se trata do PiB, mas do PIG (**).
Paulo Henrique Amorim

Babaquice colorida

E para que a babaquice da briga judicial [racismo] entre Paulo Henrique Amorim x Heraldo Pereira fique completa basta um branco entrar na justiça alegando racismo, discriminação e preconceito contra Heraldo Pereira. É que para o dito cujo, dizer que ele é um negro de alma branca é uma ofensa, um insulto. 

Sei não mas, tenho a impressão que sei lá...

Será que o branco, o negro, a amarelo, encarnado respiram, dormem, bebem, comem e?...

Também cagam?...

E a merda fede ou algum deles cagam cheiroso?...

Sei não, mas tenho a impressão que quanto mais mexer, mais a merda vai feder.

E Ediviges e Finório. Firirinfororó!

PHA prova que é nêgo

direto do Kilombo do Paumares via The i-piauí Herald

O pesquisador nigeriano Muhamad Ali Zumbi Mandela apresentou ontem uma prova definitiva de que Paulo Henrique Amorim tem a alma da cor da asa de urubu desde criancinha. Ele mostrou uma fotografia inédita de Amorim quando, ainda bebê, militava no Black Panther Party.
"Vê-se bem na foto que ele tinha dois cromossomos iguaizinhos ao de Al Jolson", disse Mandela. Ele descobriu a foto no Clube Naval do Rio de Janeiro, de onde tentava escapar às pressas ao ser chamado carinhosamente de "verme".
Segundo o pesquisador, Amorim teve um caso com Angela Davis, que não foi adiante porque "a Globo impediu que queimassem carvão no altar de Luther King".
A descoberta, segundo o estudioso, prova definitivamente que o festejado "Delfim boy" nunca foi racista. "Ele inclusive usa um sistema de cotas na hora de bater palmas para chamar alguém para lhe engraxar os sapatos: a cada 118 engraxates arianos, um é moreninho", explicou Ali Kamel (veja Ali Kamel na foto ao lado).

De posse da fotografia, Amorim doará 30 mil reais ao projeto científico que busca provar que o ex-delegado Protógenes Queiroz foi condenado exclusivamente devido à cor da sua pele e à origem humilde. "O cara não pode nem morar em doze casas e andar de iate e logo vem o racismo", justificou.

Quem condenou PHA por racismo é um idiota ou uma idiota?

Paulo Henrique Amorim, assim como eu e muitos blogueiros e jornalistas brasileiros, nos empenhamos há muito tempo numa guerra sem trégua a combater o racismo, a homofobia e a injustiça social no Brasil. Fazemos isso com as poderosas armas que nos couberam, a internet, a blogosfera, as redes sociais. Foi por meio de pessoas como PHA, lá no início desse processo de abertura da internet, que o brasileiro descobriu que poderia, finalmente, quebrar o monopólio da informação mantido, por décadas a fio, pelos poderosos grupos de comunicação que ainda tanto fazem políticos e autoridades do governo se urinar nas calças. PHA consolidou o termo PIG (Partido da Imprensa Golpista) e muitos outros com humor, inteligência e sarcasmo, características cada vez mais raras entre os jornalistas brasileiros. Tem sido ele que, diuturnamente, denuncia essa farsa que é a democracia racial no Brasil, farsa burlesca exposta em obras como o livro “Não somos racistas”, do jornalista Ali Kamel, da TV Globo.
Por isso, classificar Paulo Henrique Amorim de racista vai além de qualquer piada de mau gosto. É, por assim dizer, a inversão absoluta de valores e opiniões que tem como base a interpretação rasa de um acordo judicial, e não uma condenação. Como se fosse possível condenar PHA por racismo a partir de outra acusação, esta, feita por ele, e coberta de fel: a de que Heraldo Pereira, repórter da TV Globo, é um “negro de alma branca”.
O termo é pejorativo, disso não há dúvida. Mas nada tem a ver com racismo. A expressão “negro de alma branca”, por mais cruel que possa ser, é a expressão, justamente, do anti-racismo, é a expressão angustiada de muitos que militam nos movimentos negros contra aqueles pares que, ao longo dos séculos, têm abaixado a cabeça aos desmandos das elites brancas que os espancaram, violentaram e humilharam. O “negro de alma branca” é o negro que renega sua cor, sua raça, em nome dessa falsa democracia racial tão cara a quem dela usufrui. É o negro que se finge de branco para branco ser, mas que nunca será, não neste Brasil de agora, não nesta nação ainda dominada por essa elite abominável, iletrada e predatória – e branca. O “negro de alma branca” é o negro que foge de si mesmo na esperança de ser aceito onde jamais será. Quem finge não saber disso, finge também que não há racismo no Brasil.
Recentemente, fui chamado de racista por um idiota do PCdoB, partido do qual sou, eventualmente, eleitor, e onde tenho muitos amigos. Meu crime foi lembrar ao mundo que o vereador Netinho de Paula, pagodeiro recentemente convertido ao marxismo, havia espancado a esposa, em tempos recentes. E que havia dado um soco na cara do repórter Vesgo, do Pânico na TV. Assim como PHA agora, fui vítima de uma tentativa primária de psicologia reversa cujo objetivo era o de anular a questão essencial da discussão: a de que Netinho de Paula era um espancador, não um negro, informação esta que sequer citei no meu texto, por absolutamente irrelevante. Da mesma forma, Paulo Henrique Amorim se referiu a Heraldo Pereira como negro não para desmerecer-lhe a cor e a raça, mas para opinar sobre aquilo que lhe pareceu um defeito: o de que o repórter da TV Globo tinha “a alma branca”, ou seja, vivia alheio às necessidades e lutas dos demais negros do país, como se da elite branca fosse.
Não concordo com a expressão usada por PHA. Mas não posso deixar de me posicionar nesse momento em que um jornalista militante contra o racismo é acusado, levianamente, de ser racista, apenas porque se viu na obrigação de fazer um acordo judicial ruim. Não houve crime, sequer insinuação, de racismo nessa pendenga. Porque se pode falar muita coisa sobre Paulo Henrique Amorim, menos, definitivamente, que ele é racista. Qualquer outra interpretação é falsa ou movida por ma fé e vingança pessoal de quem passou a ser obrigado, desde o surgimento do blog “Conversa Afiada”, a conviver com a crítica e os textos adoravelmente sacanas desse grande jornalista brasileiro.
por Leandro Fortes

Peltier leu o manual do jornalista que o PH publicou

Pelas versões que campeiam na net, parece que a Márcia Peltier [jornalista da CNT] leu e seguiu o "Manual do jornalista que vai entrevistar Serra", publicado no Conversa Afiada :



  1. Não se atemorize.

  2. Tenha certeza de que há outros jornalistas em volta dele, munidos de câmera, máquina fotográfica, gravador ou celular – você vai precisar de testemunhas.

  3. Não faça pergunta numa situação em que você esteja sozinho com ele.

  4. Faça uma pergunta curta, direto ao ponto: “o senhor vai vender a Petrobrás ?”, por exemplo.

  5. Não responda à pergunta que ele fizer. Esse é um dos truques dele. Ele tenta desqualificar a sua pergunta com outra pergunta: é isso o que o seu patrão quer saber ?; quem te disse isso ?; você realmente acredita nisso ?; quem te mandou fazer essa pergunta ?

  6. Jamais responda ao Serra. Você não é candidato a nada. O candidato é ele; ele é quem tem que dar satisfações à sociedade.

  7. Insista com a sua pergunta. Além de tentar desqualificar a sua pergunta, ele vai tentar não responder à sua pergunta.

  8. Faça a sua pergunta até que ele responda.

  9. Não se deixe encurralar pelos outros repórteres do PiG (*).

  10. O Serra vai tentar desviar a entrevista para os repórteres que ele conhece e sabe que são do PiG (*) . É o pessoal que faz as perguntas do tipo “púlpito”.

  11. Tenha uma segunda reposta na agulha: “o senhor vai esconder o Fernando Henrique da sua campanha, como fez o Alckmin em 2006 ?”

  12. Se ele der uma resposta que não quer dizer nada sobre a Petrobrás, você terá essa do FHC na ponta da língua. Mas, insisto: faça a pergunta direto, curta e tão alto que os outros repórteres ouçam (e possam gravar, fotografar, filmar etc). Um exemplo: quando o delegado Bruno se deixou “surpreender” pelos repórteres do PiG (*) e divulgou as notas dos aloprados, um deles gravou a conversa do delegado com os repórteres e vazou para o Conversa Afiada. Quando você (e o Serra) menos espera, tem um aliado, ao lado.

  13. Não se esqueça: ele foge. Um dos traços da personalidade do Serra é que ele é feroz quando percebe que o interlocutor está com medo. E, sobretudo, ele é valente pelas costas. Se você o enfrentar – ou seja, se não renunciar à função de repórter e insistir na pergunta – se você o enfrentar, ele foge. Não tenha medo dele.

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