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...os heróis com o couro e a fome dos outros

Autor: Fernando Brito

A política não é um convescote e muito menos uma sessão de terapia de grupo, onde tudo pode ser dito com irresponsável leveza ou, ao contrario, despejar toda a sua carga emocional.
A política lida com a realidade, com o objetivo essencial da mantê-la ou mudá-la.
É esta é a sua métrica.
Não faltou quem, inclusive eu, muitas vezes criticasse duramente as políticas dos governos petistas, com Lula e com Dilma.
Muito mais, porém, pelo que  eles não fizeram, quando podiam (ou parecia que podiam) e muito menos pelo que eles fizeram.
Do subaproveitamento de oportunidades de criar ferramentas de defesa e – porque não? – acreditarem que não seriam atacados pela méquina de poder das elites, mídia à frente.
Agora, os jornais falam que o PT se reúne "no momento de maior afastamento" entre o governo e o partido.
Não creio que isso esteja acontecendo neste grau e, se estiver, é um grave erro político.
Nada a ver com subscrever tudo o que o governo faz ou de deixar de defender posições -corretas, inclusive, como a taxação das grandes fortunas.
Mas, como diz bem um amigo, o professor Nílson Lage,  há muitos "exemplares eruditos do discurso da esquerda que culpa o PT por ter viabilizado, com artes de Macunaíma, o processo de melhoria das condições de vida da população, expansão do ensino superior e tudo mais que vimos nos últimos 12 anos. A questão é o preço – moral e politicamente insuportável, dizem".
O próprio Lula, no seu primeiro mandato, muitas vezes, foi forçado a conduzir políticas econômicas que, em condições normais de temperatura e pressão, ele próprio e o PT detestariam.
E em situação de popularidade nada invejável.
Para quem duvida, cito a Folha de  11 de agosto de 2005, já ao terceiro ano de mandato:
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não seria reeleito se a eleição fosse hoje, segundo o Datafolha. (…) Lula perderia a Presidência da República no segundo turno para o prefeito José Serra (PSDB), derrotado pelo petista em 2002.  De acordo com o Datafolha, Serra teria 27% dos votos e Lula 30% no primeiro turno. No segundo turno, pela primeira vez, o suposto candidato tucano levaria a melhor: 48% dos votos contra 39% de Lula."
Todos sabem que, um ano depois, Lula foi reeleito.
E quem viveu intensamente aqueles dias sabe que parte importantíssima desta "virada" foi a plena afirmação do discurso nacionalista e de defesa das riquezas do país, que levaram Geraldo Alckmin a posar de camiseta e boné do Banco do Brasil e uma jaqueta cheia de adesivos de estatais.
Parecia, com todo respeito ao original, um Tiririca do neoliberalismo.
As defesa de posições mais nitidamente progressistas e de cunho de justiça social deve ser a de entender que é preciso criar as condições políticas para que elas possam ser postas em prática e isso está diretamente vinculado ao mundo real da política, como me referi ao início.
Só os muito tolos não percebem que os ataques ao Dilma não se reduziram, mesmo com as medidas econômicas de Levy merecendo o mesmo aplauso que receberam as de Antônio Palocci e Henrique Meirelles nos primeiros anos do Governo Lula.
Não arrefeceram porque têm como alvo a destruição de Lula, não de Dilma.
Vivemos uma ofensiva conservadora como poucas vezes se viu neste país e não se a vai furá-la com radicalização vazia, aquela que não pode se transformar em atos senão de desespero ou se tornarem resposta à frustração de militâncias.
É preciso cuidado para, até com as melhores intenções – daquelas que minha avó dizia estar cheio o inferno – não transformar a crítica em uma contrafação da esquerda, que acaba se encontrando, na prática, com a "onda" da direita.
O mundo, sabe-se a mais de meio milênio, é redondo e os deslocamentos opostos acabam, uma hora, chegando ao mesmo lugar.
Se não se enxergar isso, ficasse no purismo, e então concluo o raciocínio da Lage, de que Lula "deveria ter fincado o pé da proposta de integridade absoluta, nenhum acordo com as oligarquias. Pureza revolucionária. Não chegaria, talvez, ao fim do primeiro mandato, Não seria eleito para o segundo. Nada do que aconteceu teria acontecido".
"Seria, porém,preservada a pureza dos ideais, não importa a grandeza do do sacrifício.
Os ideais são de quem diz isso.
O sacrifício teria sido dos outros."

Por que os líderes europeus querem conversar com Dilma?


Às margens da cúpula entre Celac (Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos) e União Europeia que ocorre em Bruxelas, a presidente Dilma Rousseff teve reuniões com diversos líderes europeus – entre eles os primeiros-ministros da Grécia e Grã-Bretanha e a chanceler (premiê) da Alemanha.

Segundo a Presidência, todos os encontros com Dilma foram solicitados pelos europeus. A presidente também se reuniu com os líderes da Bulgária e de Luxemburgo, além do presidente do Conselho da União Europeia, Donald Tusk.

Acordos comerciais, Ucrânia, Olimpíadas e crise na Grécia foram alguns dos temas debatidos com os líderes internacionais.

Veja abaixo os temas das principais reuniões:

Grécia

A presidente Dilma Rousseff se reuniu com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, na manhã de quinta-feira. Tsipras que tomou posse neste ano após ser eleito pelo partido radical de esquerda Syriza.

O grande assunto foi a crise econômica do país – a Grécia se vê em dificuldades no relacionamento com diversos países europeus, está com problemas para saldar suas dívidas e, se não conseguir uma renegociação, corre o risco de sair da zona do euro.

"Obviamente o primeiro-ministro grego falou das dificuldades, que são públicas e notórias", disse a presidente após o encontro.

Em um momento em que o Brasil passa por um ajuste fiscal, a presidente, falando sobre a situação da Grécia, disse que "pesar a mão" poderia quebrar um país.

"Todas as medidas de austeridade implicam em dois lados. Se você não cria condições para o país transitar para uma situação de estabilidade, se você pesar a mão, você quebra o país. De outro lado, obviamente o país tem que fazer a sua parte."

Ela refutou, porém, comparações entre a situação dos dois países.

"Nós fazemos um ajuste, mas não temos desequilíbrio estrutural."

Alemanha

No mesmo dia em que encontrou o primeiro-ministro grego, Dilma se reuniu com aquela a chanceler (premiê) Angela Merkel, da Alemanha – país que vive papel antagonista ao da Grécia, por ser um dos principais credores de Atenas e defensor das medidas de austeridade.

Merkel irá ao Brasil em agosto, e a reunião serviu como uma preparação.

Segundo Dilma, os pontos principais da conversa foram ampliação do comércio e parcerias na área de indústria, desenvolvimento tecnológico e científico e formação profissional e técnica.

"A indústria alemã se caracteriza por uma grande expertise na área de inovação, chão de fábrica e capacidade de ter indústria de alta qualidade, de alta precisão", afirmou.

Elas também discutiram a parceria na área de cibersegurança – as duas líderes foram vítimas de monitoramento pela agência americana NSA e, depois disso, os países trabalharam em conjunto para aprovar uma resolução na ONU sobre o tema.

Elas também conversaram sobre a reforma de organismos financeiros –como o FMI e o Banco Mundial – e sobre a recuperação da economia mundial.

Grã-Bretanha

O encontro com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, começou com uma dança das cadeiras: o cerimonial havia preparado cadeiras com as bandeiras da Grã-Bretanha e do Brasil e os líderes se dirigiram aos locais errados – trocaram por sugestão de Cameron.

Além de desejar sorte na Olimpíada de 2016 no Rio – a edição anterior ocorreu em Londres – Cameron falou que conversaria sobre a economia.

"Há muitos assuntos para conversar sobre nossa colaboração econômica e a possibilidade de acordo entre a União Europeia e o Mercosul", disse o britânico, em referência à negociação que os dois blocos estão retomando, após anos de paralisação.

Dilma também destacou o programa Ciência sem Fronteiras e falou que o Brasil queria fazer uma Olimpíada ainda melhor que a de Londres.

Bélgica

Um tema delicado entrou na discussão de Dilma com o primeiro-ministro belga, Charles Michel: a crise na Ucrânia.

A Rússia, que sofre sanções europeias por sua atuação em regiões separatistas da Ucrânia, é parceira do Brasil no Brics – grupo que realizará uma cúpula no mês que vem.

"Mas a Dilma insistiu muito mais na dimensão econômica que o encontro vai ter, ainda que tenha dito que temas políticos têm crescentemente comparecido", disse o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia.

Também foram discutidos, segundo Dilma, o acordo do Mercosul e da União Europeia e o plano de concessões lançado pelo governo nesta semana.

A presidente destacou que diversas empresas belgas estão no Brasil e que elas têm forte atuação no setor de infraestrutura.

Após a operação Lava Jato, muitas construtoras perderam força. Por isso, segundo analistas, o Brasil precisa atrair empresas internacionais que atuem na área.

Briguilinks

Frase do dia

Blog do Briguilino -

Tudo começou dar certo quando eu parei de pedir chorando e comecei a agradecer sorrindo!

Talyta Saraiva

Conversa Afiada - Bioceânica: quem não quer e porque


O PiG, o Ibama, a Funai, o MP e o TCU se tornam instrumentos do interesse nacional americano​
Quem não quer a Ferrovia Bioceânica são os Estados Unidos, porque ela será uma alternativa ao Canal americano do Panamá.


Quem não quer a Bioceânica são instituições instaladas no centro do Estado brasileiro e  funcionam, na prática, como agentes do interesse americano.



Para ser mais claro.



O IBAMA e a Funai.



O TCU e o Ministério Público.



São obstáculos a qualquer tipo de progresso, de intervenção no espaço físico, para construir o progresso.



Associam-se nessa inglória tarefa o Tribunal de Contas da União, dominado pelos pefelistas da Arena.



E o Ministério Público, dominado por procuradores fanfarrões.

Biografias não autorizadas

The piauí Herald
  • Após julgamento das biografias, Roberto Carlos faz música para Carmem Lúcia

  • Após julgamento das biografias, Roberto Carlos faz música para Cármen Lúcia
    Com os olhos marejados, Cármen Lúcia prometeu vestir toga azul
    ALÉM DO HORIZONTE - Convencido de que uma força estranha levou o STF a liberar a produção de biografias não autorizadas, mandando tudo para o inferno, Roberto Carlos compôs uma canção para a relatora do processo, a ministra Carmem Lúcia. Sob a batuta do maestro Kakay, o empresário Dody Sirena conseguiu uma liminar para erguer um imenso palco em frente ao STF. Hoje à noite, Roberto tentará seu último recurso, apelando para as emoções dos magistrados. Além da canção inédita para Carmem Lúcia, o Rei enfileirará sucessos pungentes como "Desabafo", "Abandono" e "Traumas". "São tantas apelações", disse, balançando a cabeça. O show terá transmissão da TV Globo e da TV Justiça.
    Amor de réu

Tenho vergonha de ser juiz, por João Batista Damasceno

Blog do Briguilino - 
Tenho vergonha de dizer que sou juiz. E não preciso dizê-lo. No fórum, o lugar que ocupo diz quem eu sou; fora dele seria exploração de prestígio. Tenho vergonha de dizer que sou juiz, porque não o sou. Apenas ocupo um cargo com este nome e busco desempenhar responsavelmente suas atribuições.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz, pois podem me perguntar sobre bolso nas togas.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz e demonstrar minha incompetência em melhorar o mundo no qual vivo, apesar de sempre ter batalhado pela justiça, de ter-me cercado de gente séria e de ter primado pela ética.

Biográfo de Roberto Carlos também derrubou o Kakay

Vê como um advogado renomado tem suas teses desmontadas com um único argumento, abaixo:
A decisão do STF que sepultou, por inconstitucional, a censura prévia de biografias não dissolveu o contencioso que opõe Roberto Carlos e seu biógrafo, o jornalista Paulo Cesar de Araújo. Advogado do cantor, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse ao blog que o julgamento do Supremo não autoriza a reimpressão e a comercialização do livro ‘Roberto Carlos em Detalhes’, recolhido em 2007. Alheio a essa avaliação, Paulo Cesar, autor da obra, disse ao repórter Márcio Falcão que cogita relançá-la, em versão atualizada.
Segundo Kakay, Roberto Carlos moveu contra Paulo Cesar e a Editora Planeta, à qual o jornalista estava vinculado na época, dois processos —uma ação cível e outra penal. Embora não tenha atuado no caso, o advogado recordou o que sucedeu. “Na primeira audiência da ação penal, o juiz e o promotor propuseram um acordo: as ações seriam retiradas. E os livros, recolhidos. O autor e a editora toparam. Esse acordo foi homologado. Já transitou em julgado. Não pode ser desfeito. O julgamento do Supremo não teve nenhuma relação com esse caso.”
A exemplo de Kakay, Paulo Cesar testemunhou, no plenário do STF, a decisão unânime —9 votos a zero— em favor do direito à publicação de biografias sem a necessidade de obter autorização prévia dos biografados ou de seus herdeiros. Ao sair do tribunal, o jornalista apressou-se em declarar: “Meu livro voltará, atualizado.” Ele contou que já não mantém contrato com a Editora Planeta. Espera relançar a biografia por outra logomarca.
E Kakay: “Se ele publicar por outra editora, estará descumprindo uma decisão judicial. Vai ter que arcar com as consequências. O acordo judicial tem uma cláusula prevendo sanções penais. Como não atuei nesse caso, não sei o teor dessa cláusula. Mas não tenho dúvidas de que o descumprimento do acordo produzirá consequências.”
Sem saber da manifestação de Kakay, que conversou com o blog depois de sua entrevista, Paulo Cesar comentou a tese segundo a qual a decisão do STF não pode retroagir no tempo para devolver às estantes a biografia que Roberto Carlos abominou. 
“É o mesmo que, no dia seguinte à Lei Áurea, o senhor de escravos dizer que tem uma carta da Justiça que lhe dá direito a possuir aqueles escravos''.