"Se quiserem nossa companhia, ótimo. Se não quiserem, antes só do que mal acompanhado"...
Carlo Lupi - presidente do PDT em reunião do dirétorio nacional no Rio de Janeiro, sobre a possibilidade do governo federal retaliar o partido por ter votado contra o ajuste fiscal.
Mais alguns trechos do discurso:
- Quem não nos quiser que anuncie à oponião pública por que não nos quer
- Se não nos quer porque está fazendo uma opção pela direita, diga. Quem não nos quer porque entende que devemos ser punidos por defender o trabalhador, diga. Mas não seremos nós que vamos fazer o papel do ratos de porão de navio.
- Não é ter ou não ter ministério. O ministério pode ser importante se ele for um instrumento para nós praticarmos as nossas políticas, não para saber pela imprensa que vão tirar direitos dos trabalhadores. Nosso papel não é esse
- “Há um esgotamento do modelo de fazer política. O PT, na minha opinião, está esgotado no modelo, como instituição partidária. Ficou um projeto hegemônico. Muito poder pelo poder
- Estamos num momento crucial. Temos que tomar um cuidado danado para não fazer coro com um discurso que está muito em voga hoje, que nós já vimos acontecer com o Getúlio, com o Jango, com o Brizola. É corrupção, corrupção, corrupção. E ninguém quer falar das deles. Existe maior corrupção do que a que fizeram com as empresas públicas no governo Fernando Henrique Cardoso? Existe maior corrupção do que a que fizeram com os bancos públicos privatizados de forma venal?
- Não será o trabalhismo que vai jogar do mesmo lado do mar de lama, que deu em tiro e no suicídio. Nós vimos o que aconteceu com Getúlio. Depois do tiro no coração, virou um heroi. Não queremos ver nenhum brasileiro morto. Não queremos ver o sacrifício de ninguém individualmente para garantir uma democracia difícil.
Resumo: Discurso, um no cravo, outro na ferradura.