A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um feijão transgênico resistente ao vírus do mosaico dourado, praga transmitida por inseto cujo nome popular é “mosca branca”.
O feijão geneticamente modificado é totalmente nacional.
Não há multinacionais envolvidas no desenvolvimento. É 100% nosso.
A coisa passa pelos processos da CTNBio, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, órgão do governo encarregado de atestar a qualidade do produto. Bem como a segurança do consumo dele.
Assim como seu impacto ambiental.
A comercialização depende de aval do conselho de ministros competente, segundo a legislação.
Mas, como de hábito nesses casos, pressões desencadeiam-se. Para tentar encurralar o governo e conseguir que a presidente da República bloqueie o andamento, vete a comercialização.
Argumentos? Os de sempre. A interpretação estrita do princípio da precaução, por um viés capaz de bloquear todo e qualquer avanço científico.
Aliás, se adotássemos o tal princípio nos moldes apregoados pelo fundamentalismo qualquer alimento estaria proibido para o consumo.
Pois tudo que comemos hoje é produto de algum tipo de engenharia genética.
Alguma feita pelo homem. A imensa maior parte, pela própria natureza.
A polêmica sobre os transgênicos no Brasil vem de longe, mas não consta que os núcleos de resistência ao desenvolvimento científico tenham apreendido algo útil da discussão, ou pelo menos aceitem confrontar suas teses com a realidade.
Basta recordar o radicalismo que marcou a disputa sobre a soja transgênica. Foi uma guerra civil ao longo dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
Muito calor e pouca luz. Nenhuma das ameaças potenciais apontadas pelo precaucionismo radical se comprovou. Nenhumazinha. Índice zero de acerto.
A soja transgênica e seus derivados são hoje consumidos em larguíssima escala. Não há um relato, uma suspeita, um mísero caso de alguém cuja saúde tenha sofrido por causa do consumo.
E o anunciado desastre para os ecossistemas? Ninguém sabe, ninguem viu.
Estatisticamente, a esta altura talvez seja um dos experimentos mais confiáveis da história. Nem que só pelo tamanho do universo observado.
Mas isso é irrelevante para o fanatismo, imbuído da missão de bloquear a todo custo o desenvolvimento na área.
Por falar em feijão, tempos atrás soube-se que um broto do dito cujo foi substrato para o aparecimento de nova e mortal modalidade da bactéria Escherichia coli no centro-norte da Europa.
Teve gente que morreu.
E não é que o tal broto de feijão era cultivado em ambiente classificado de orgânico? Natural da Silva. Como Deus criou.
Imagine por um instante, caro leitor ou leitora, a tempestade que seria desencadeada caso o micróbio mortífero viesse ao mundo num meio de vegetais geneticamente modificados.
Mas não se viu nenhum movimento, nenhuma iniciativa, nenhum pio em defesa da suspeição das culturas orgânicas.
Não se invocou o princípio da precaução. A polícia política não foi chamada e intervir.
Não se convocaram audiências públicas no nosso Congresso Nacional para exigir a introdução de novas normas destinadas a prover segurança ao consumidor de orgânicos, coitado, desprotegido.
Não se anunciou o fim do mundo. Não houve alertas para informar do apocalipse.
Ninguém deu a mínima.
É um detalhe que fala por si.
O feijão geneticamente modificado é totalmente nacional.
Não há multinacionais envolvidas no desenvolvimento. É 100% nosso.
A coisa passa pelos processos da CTNBio, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, órgão do governo encarregado de atestar a qualidade do produto. Bem como a segurança do consumo dele.
Assim como seu impacto ambiental.
A comercialização depende de aval do conselho de ministros competente, segundo a legislação.
Mas, como de hábito nesses casos, pressões desencadeiam-se. Para tentar encurralar o governo e conseguir que a presidente da República bloqueie o andamento, vete a comercialização.
Argumentos? Os de sempre. A interpretação estrita do princípio da precaução, por um viés capaz de bloquear todo e qualquer avanço científico.
Aliás, se adotássemos o tal princípio nos moldes apregoados pelo fundamentalismo qualquer alimento estaria proibido para o consumo.
Pois tudo que comemos hoje é produto de algum tipo de engenharia genética.
Alguma feita pelo homem. A imensa maior parte, pela própria natureza.
A polêmica sobre os transgênicos no Brasil vem de longe, mas não consta que os núcleos de resistência ao desenvolvimento científico tenham apreendido algo útil da discussão, ou pelo menos aceitem confrontar suas teses com a realidade.
Basta recordar o radicalismo que marcou a disputa sobre a soja transgênica. Foi uma guerra civil ao longo dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
Muito calor e pouca luz. Nenhuma das ameaças potenciais apontadas pelo precaucionismo radical se comprovou. Nenhumazinha. Índice zero de acerto.
A soja transgênica e seus derivados são hoje consumidos em larguíssima escala. Não há um relato, uma suspeita, um mísero caso de alguém cuja saúde tenha sofrido por causa do consumo.
E o anunciado desastre para os ecossistemas? Ninguém sabe, ninguem viu.
Estatisticamente, a esta altura talvez seja um dos experimentos mais confiáveis da história. Nem que só pelo tamanho do universo observado.
Mas isso é irrelevante para o fanatismo, imbuído da missão de bloquear a todo custo o desenvolvimento na área.
Por falar em feijão, tempos atrás soube-se que um broto do dito cujo foi substrato para o aparecimento de nova e mortal modalidade da bactéria Escherichia coli no centro-norte da Europa.
Teve gente que morreu.
E não é que o tal broto de feijão era cultivado em ambiente classificado de orgânico? Natural da Silva. Como Deus criou.
Imagine por um instante, caro leitor ou leitora, a tempestade que seria desencadeada caso o micróbio mortífero viesse ao mundo num meio de vegetais geneticamente modificados.
Mas não se viu nenhum movimento, nenhuma iniciativa, nenhum pio em defesa da suspeição das culturas orgânicas.
Não se invocou o princípio da precaução. A polícia política não foi chamada e intervir.
Não se convocaram audiências públicas no nosso Congresso Nacional para exigir a introdução de novas normas destinadas a prover segurança ao consumidor de orgânicos, coitado, desprotegido.
Não se anunciou o fim do mundo. Não houve alertas para informar do apocalipse.
Ninguém deu a mínima.
É um detalhe que fala por si.
Alon Feurwerker
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