Nesta semana, o COPOM (Comitê de Política Monetária) volta a se reunir para definir o que fazer com a taxa básica de juros. E, como sempre, a grande mídia traz de volta e dá destaque para os economistas da oposição. Eles estão presentes também no noticiário político, sobre as eleições de 2014.
Esses economistas retornam com suas lições e receitas, aconselhando candidatos e dando aulas ao país. Alguns insistem no óbvio: investir e aumentar o crédito, priorizar a educação, a inovação e a infraestrutura. Mas foi exatamente isso que o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff fizeram.
Querem o BNDES fora do financiamento à indústria e à inovação, como um banco auxiliar de um Estado que prioriza os serviços públicos e a justiça, um Estado mínimo, sem ação econômica, a não ser para garantir as regras ditadas pelo mercado.
Para eles, o governo só deve garantir a estabilidade que se consegue com metas de inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal, como se o mundo fosse neutro e o mercado, um Deus.
Querem cortar gastos e derrubar a demanda, falam de desindustrialização e baixos investimento e crescimento, câmbio valorizado, heranças da época que dirigiam a economia com Fernando Henrique Cardoso, esquecendo que a inflação era o dobro, o crescimento médio era a metade e o desemprego era uma realidade.
Querem a volta ao passado e não apresentam nenhuma nova estratégia. Mas a realidade se impõe, o câmbio já se desvalorizou, a demanda esfriou e qualquer corte de gasto com aumento de juros vai levar à recessão e ao desemprego, à queda do consumo e do investimento, à queda de renda média e dos salários.
Mas garantiria grandes ganhos financeiros aos rentistas, únicos beneficiados com essas políticas conservadoras e cujo objetivo é a chamada austeridade.
by José Dirceu
* O título é Meu
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