Uma das melhores conseqüências da crise de 2008 foi o reposicionamento do Banco do Brasil no mercado bancário.
Em um momento em que o sistema bancário, como um todo, passava a jogar na defensiva, o controlador do BB (União) determinou que ele avançasse na oferta de crédito. Analistas econômicos da mídia espalharam o terror, qualificando de interferência política e prognosticando queda no valor das ações do banco, devido à explosão futura da inadimplência.
Dois anos depois, a operação foi um sucesso. Permitiu ao banco recuperar o primeiro lugar em ativos – que havia perdido após a compra do Unibanco pelo Itaú -, ampliar em 1,5 pontos sua participação no mercado de crédito, com níveis de inadimplência inferiores aos da concorrência. Mais que isso, contribuiu para mudar a filosofia dos bancos comerciais, rompendo o acordo tácito que impedia uma competição maior no segmento.
Cumpriu uma função pública e fez um bom negócio.
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