Quando Lula pensou em lançá-la, Dilma estava rolando lá embaixo, em 2% ou 3%.
Ficou bom tempo em um dígito, até alcançar os 10% e 13%, estando hoje entre 17% e 20%.
A convicção geral, não só de Lula, mas dos adversários, é que a atual chefe da Casa Civil tem fôlego para chegar a mais de 20% até o final do ano.
A partir de um patamar tão confortável, Dilma vê aumentar as suas chances de vitória eleitoral.
A alternativa para Serra seria manter a candidatura presidencial e pensar em adotar uma postura de combate radical a Lula e a seu governo. Chamá-lo de irresponsável, por ter elevado os gastos correntes para mais de 25% do PIB, criando agora seu 37º Ministério e mais centenas de cargos de confiança.
Porém, a opção por esse discurso de combate a Lula e ao seu governo aumentaria as chances de insucesso de José Serra. Caracterizado como defensor da maioria pobre, Lula tem a seu lado o apoio de uma parcela expressiva da população brasileira, que também vota.
Pode ser que sobrevenham desmentidos de José Serra e dos amigos a essa notícia, mas é uma hipótese que está sendo discutida no seu círculo íntimo. E é um caminho que está fundamentado sobre motivos de natureza bastante racional.
O fato é que, até o momento, pelo menos, José Serra não demonstrou estar animado com a candidatura presidencial, embora continue liderando as pesquisas como candidato. Pelo contrário, até agora, hesita em se lançar candidato, alegando que sua prioridade é cuidar da administração estadual em São Paulo.
Tarcísio Holanda
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