A tucademopiganalha e Sarney

Em certo ano terrível de pré-eleição no Brasil , Serra, o tucademo mais apreensivo, consultou o PIG de barbas brancas.
- Esta eleição do ano que vem é um castigo – respondeu o PIG – e o remédio é tentarmos enganar os eleitores patrocinando uma campanha que defenda a moral e ética no senado, e sacrifique um bode expiatorio.
- Qual? – perguntou o Serra.
- O mais carregado de crimes.
Serra fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma pausa, disse aos súditos reunidos em redor:
- Amigos! É fora de dúvida que quem deve sacrificar-se sou eu. Cometi grandes crimes, morreram 7 na cratera do mêtro, o Roboanel e a Alstom corromperam todo meu governo. Ofereço-me, pois, para o sacrifício necessário ao bem comum.
FHC adiantou-se e disse:
- Acho conveniente ouvir a confissão das outras feras. Porque, para mim, nada do que Vossa Majestade alegou constitui crime. São coisas que até que honram o nosso virtuosíssimo Serrágio.
Grandes aplausos abafaram as últimas palavras do bajulador e o Serra foi posto de lado como impróprio para o sacrifício.
Apresentou-se em seguida o Rathur Virgílio 3% e repete-se a cena. Acusa-se de mil crimes, mas FHC mostra que também ele era um anjo de inocência.
E o mesmo aconteceu com todas as outras feras.
Nisto chega a vez do Sarney. Adianta-se e diz:
- A consciência só me acusa de haver feito as mesmas coisas que vocês também fizeram.
Os tucademospiganalhas entreolharam-se. Era muito sério aquilo. FHC toma a palavra:
- Eis amigos, o grande criminoso! Tão horrível o que ele nos conta, que é inútil prosseguirmos na investigação. A vítima a sacrificar-se aos eleitores, opinião pública, (ou publicada?) não pode ser outra porque não pode haver crime maior do que fazer exatamente o que nos também fizemos.
Toda a tucademopiganalhada concordou e o Sarney foi unanimemente eleito para o sacrifício.

Moral da Estória:
Aos tucademospiganalhas , tudo se desculpa…
Aos que apoiam Lula , nada se perdoa.
Leia aqui a fábula de Monteiro Lobato

Um comentário:

  1. Reunidos na tarde desta quarta-feira (1), os integrantes da bancada do PT decidiram apelar ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que se afastasse do comando da Casa por 30 dias. Segundo o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), Sarney não aceitou a proposta, mas disse que vai discutir o seu futuro político com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    ResponderExcluir