Previdência foi onde houve mais demissões de 2003 a 2010
Relatório da CGU - Controladoria Geral da União - contabiliza 2.802 expulsões de funcionários públicos federais de seus órgãos, registradas entre 2003 e outubro de 2010, por recebimento de propina, improbidade administrativa e uso indevido do cargo, entre outras acusações.
A expulsão é uma das punições previstas na administração pública e aplicada contra servidores envolvidos em corrupção. É um processo mais ágil que o do Judiciário, onde raramente um funcionário é condenado à prisão.
Os casos de corrupção respondem por 60% das motivações das expulsões. A principal causa, que atinge 34,6% dos que foram colocados para fora do serviço público, é o "valimento indevido do cargo".
Os acusados por "improbidade administrativa" correspodem a 19,24% dos exonerados e os responsabilizados por "recebimento de propina" são 6%.
Entre os 2.802 expulsos do serviço público, 9,5% abandonaram o cargo, 5,7% por desídia (preguiça, indolência, desleixo). Do total, 24,7% tiveram como motivo outros fundamentos.
Se considerado o universo do funcionalismo, que conta com 522.752 servidores na ativa, os 2.802 expulsos representam 0,54%. As expulsões englobam demissões (2.402), destituições (223) e cassações (177).
O ministro da CGU, Jorge Hage, afirmou que, felizmente, a grande maioria é honesta.
— Ainda bem que é assim. O servidor corrupto não é regra, é exceção. Tem que ser pequeno mesmo — disse ele.
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