Aplaudimos a iniciativa de laboratórios farmacêuticos que - em parceria com as universidades, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - investem em pesquisa e inovação para a produção de novos remédios no país.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, laboratórios como Cristália, Biolab e Libbs, entre outros, investem de 2% a 8% de seus faturamentos em pesquisa de longo prazo (7 e 10 anos). É bom lembrar que este é um setor em que o risco de qualquer investimento é particularmente alto. Ou seja, boa parte desses recursos redunda em becos sem saída, sem aplicação clínica. Por outro lado, as iniciativas de sucesso levam a descobertas que impulsionam e diferenciam as empresas que as bancaram.
Embora a maior parte desses estudos seja para melhorar remédios que já existem, alguns se debruçam na criação de medicamentos e poderão dar origem a patentes. É importante frisar que 90% dos medicamentos que consumimos são importados, ou meramente "montados" no Brasil.
Política de inovação
Temos de investir no setor e divulgar o pedido dos nove laborátorios que demandam uma política de inovação na área, hoje estratégica e de alta tecnologia.
Nove laboratórios integram a FarmaBrasil - e respondem por 75% do faturamento da indústria nacional. Eles buscam apoio institucional para estimular hospitais (públicos e privados) e universidades a investirem em centros de pesquisa com testes em animais e humanos.
O problema, segundo Josimar Henrique da Silva, presidente da FarmaBrasil, é que essas pesquisas ainda são feitas no exterior. "Se tivéssemos centro habilitados e qualificados, poderíamos realizar pesquisas para outros países também, atraindo divisas", explica. Ele também lembra que "somos um país com quase 200 milhões de habitantes que não fabrica insulina, antibiótico ou hormônio".
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