“É muito importante provar, até para a América Latina, que é possível, sim, ter desenvolvimento sustentável, de alta qualidade, baseada em assentamentos da reforma agrária”, afirma a presidenta. No caso da Cootap, são 471 famílias produzindo 20 mil toneladas de arroz ecológico em uma área de 4 mil hectares. “Este é o Brasil que nós queremos”, enalteceu.
Dilma listou três características que estruturam uma reforma agrária de qualidade para o País: o uso da cooperativa, a cadeia produtiva e a produção agroecológica. “Primeiro, a existência de trabalhadores e de famílias que se organizaram em cooperativas; segundo, os que não ficaram só na produção e que estão apostando em algo muito importante que é a produção agroecológica. E portanto, criaram não só a produção, mas o beneficiamento, armazenagem, o ensacamento e a indústria”.
A presidenta também destacou o compromisso do governo de investir na agroindustrialização como forma de aumentar a renda das famílias assentadas. “A agroindustrialização vai dar condições aos agricultores familiares do nosso país. Dar condições a eles de agregar valor à sua produção e de produzir industrializando aquilo que eles plantam e colhem, ou aquilo que eles criam, e os produtos daí derivados”, avaliou.
Dilma Rousseff destacou ainda a chamada pública do governo para compra de arroz orgânico por meio Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Segundo ela, o governo dá exemplo quando o faz.“Nós iremos comprar arroz ecológico para distribuir para onde sempre o PAA distribui”, disse. E acrescentou que uma das demandas que a compra destes alimentos atende é da população em estado de vulnerabilidade ou de carência alimentar.
Ainda no seu discurso, Dilma enfatizou que o governo, nos últimos seis anos, tomou todas as medidas possíveis para que a crise econômica não atingisse a população do País. “Nós aumentamos o subsídios, reduzimos os juros, desoneramos uma porção de coisas. Entre essas coisas, desoneramos a cesta básica, a folha de pagamento, tomamos medidas para reduzir o custo da energia no Brasil quando o petróleo estava R$ 120”.
Para que o País continue crescendo, a presidenta ressaltou a importância da aprovação das medidas fiscais propostas pelo governo e garantiu que os ajustes não vão influenciar nos programas sociais.
“Ajustar é dar vida, todo mundo faz isso. Nós não estamos ajustando por que gostamos ajustar. Estamos ajustando porque o país tem que continuar crescendo, gerando emprego e fazendo políticas sociais, e aí eu quero dizer uma coisa para vocês: O ajuste não acaba com a agroindustrialização, o ajuste não acaba com o Minha Casa, Minha Vida Rural”, destacou.
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