Fórum intimo

Algumas pessoas confundem opiniões e ações praticadas por indivíduos, governos ou nações com democracia. Uma coisa não tem nada haver com outra, exemplos.
  1. Ser racista.
  2. Anti-semita.
  3. a favor ou contra o aborto.
  4. Prender pessoas em Guatamo apenas por suspeitar que são terroristas.

pra entender, ou tá difícil?

4 comentários:

  1. Algumas pessoas confundem democracia com eleições. O fato de haver eleições, com o na Venezuela, não significa que na Venezuela exista democracia.

    Democracia é um conceito mais abrangente e que integra tudo o que você falou. Se é um regime que tem eleições mas coloca judeus em capos de concentração e os mata, então não é democracia. Se tem eleições mas procura fazer uma limpeza étnica, então não é democracia. Se tem elições, mas cala a oposição fechando ou censurando órgãos de imprensa, então não é democracia.

    Outro exemplo. Durante o regime militar havia eleições. Elegiamos deputados, senadores, vereadores prefeitos e durante um tempo governadores. A eleição do presidente, com o num regime parlamentarista, era indireta, mas você não diria que aquele regime era democrático. Faltavam diversos elementos, tais como liberdade de expressão, liberdade de imprensa, etc.

    Portanto democracia não se mede só por ter ou não eleições. Há inumeros outros fatores que devem ser levados em consideração entre os quais os que você listou. Portanto uma coisa e uma coisa e outra coisa é outra coisa é uma argumentação falsa.

    E seu ingrato você não me agradeceu a dica sobre colocar video em seu blog.

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  2. Ter ou não ter aborto não tem nada a haver com democracia, mas deve ser uma opção da sociedade. Eu, como cristão, sou contra o aborto. Manter prisioneiros em Guantanamo sem julgamento é um crime, e é por isto que são mantidos lá, pois em território americano estariam sob a tutela do judiciário e não poderiam ficar presos sem julgamento e indenizações vultuosas deriam que ser pagas, como foi o caso com os japoneses que moravam nos Estados Unidos durante a 2a. guerra. A justiça tarda mas não falha.

    Briguilino, deu para entender o conceito de democracia? Não pode ser um conceito extreito como quer o Lula. Se fosse assim, não existiria nem uma ditadura no mundo.

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  3. Leia este artigo da Lúcia Hippolito, talvez te ajude a entender melhor o conceito de democracia.

    Do blog da cientista política Lúcia Hippolito:

    "As mais recentes declarações do presidente Lula merecem alguma reflexão, sem passionalismos nem partidarismos.

    Esperamos todos que tenham sido palavras resultantes de boa-fé – e muita desinformação.

    Em primeiro lugar, a tal democracia venezuelana. Afirma o presidente que não se pode criticar Hugo Chávez por falta de democracia na Venezuela: “...já teve três referendos, já teve três eleições não sei para quê, quatro plebiscitos, ou seja, o que não falta é discussão.”

    Expurgando-se o exagero retórico do presidente, referendos e plebiscitos não são sinal de democracia. Ditaduras também convocam referendos e plebiscitos – o que vem mais rapidamente à memória é o convocado pelo general Pinochet, em meio à feroz ditadura chilena.

    Quanto às eleições, basta lembrar a ditadura brasileira, que durante 21 anos manteve eleições para o Congresso, para as Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, além de eleições para milhares de prefeitos em todo o país.

    Dessa forma, os militares brasileiros representavam para o mundo a mímica da democracia.

    Sinais de democracia são, além evidentemente, de eleições livres e limpas; instituições sólidas; justiça ao alcance de todos; poderes harmoniosos e independentes; imprensa livre; ética no trato da coisa pública; impessoalidade na administração pública; meritocracia; respeito às posições da oposição; alternância no poder – entre outros atributos de um regime democrático.

    Mas o presidente não parou aí, em sua confusão de alhos com bugalhos, de germano com gênero humano.

    Misturando presidencialismo com parlamentarismo, sua Excelência afirmou que ninguém reclamou da longa permanência de Margareth Thatcher, Felipe González, François Mitterrand e Helmut Kohl no poder.

    Só para não confundir ainda mais: Thatcher, González e Kohl foram primeiros-ministros em sistemas parlamentaristas.

    Mitterrand foi presidente da República francesa (1981-1995).

    Vamos por partes. No parlamentarismo, não há mandatos fixos. O primeiro-ministro permanece no poder enquanto conta com a confiança do Parlamento.

    Há casos de primeiros-ministros eleitos pelo povo – são raros –, mas mesmo estes só permanecem no cargo enquanto contarem com a confiança do Parlamento. É da natureza do sistema parlamentar.

    No presidencialismo, ao contrário, os mandatos são fixos. Têm data para começar e para terminar.

    E os presidentes só podem ser apeados do poder por um golpe de Estado ou por um processo legítimo de impeachment – instrumento doloroso, que é utilizado muito raramente pelos países presidencialistas.

    A duração do mandato presidencial (com reeleição ou não) varia muito, de país para país. Nos Estados Unidos, o presidente tem direito a dois mandatos de quatro anos – e é só. Depois, nunca mais poderá se candidatar a presidente novamente.

    Na França, o presidente era eleito por sete anos – caso de Mitterrand –, mas podia ser reeleito quantas vezes quisesse, ou o eleitorado agüentasse.

    Uma emenda constitucional votada em 2000 – e aprovada em referendo – diminuiu para cinco anos o mandato, mas a reeleição continua livre.

    No Brasil, a população foi às urnas em 1993 escolher o sistema de governo. E escolheu o presidencialismo.

    Escolheu que quer eleger seus governantes para um mandato fixo, com data para entrar e data para sair.

    Por enquanto, a Constituição brasileira determina que o mandato seja de quatro anos, com direito a uma reeleição.

    Portanto, se o presidente Lula gosta de mandatos longos, que proponha a mudança do sistema.

    No parlamentarismo, o primeiro-ministro competente pode se eternizar no cargo.

    Mas o incompetente pode ser apeado dele rapidinho.

    Já no presidencialismo, o presidente pode ser incompetente à vontade, que só sai no dia marcado.

    Impeachment é muito fácil de propor, mas muito difícil e doloroso de implementar".

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  4. Do Blog do Noblat

    Foi a mídia que inventou o escândalo Valdomiro Diniz - aquele assessor de Casa Civil da presidência da República que apareceu em fita de vídeo extorquindo um bicheiro do Rio de Janeiro?

    Foi ela que inventou o escândalo dos dólares na cueca de um assessor do irmão do então presidente do PT José Genoino?

    Foi ela que inventou o mensalão - tentativa de uma "sofisticada organização criminosa" de se apoderar do aparelho do Estado, segundo denúncia do Procurador Geral da República?

    E a ação dos "aloprados", assim batizados por Lula, que forjaram um falso dossiê para envolver políticos do PSDB com a Máfia dos Sanguessugas? Foi invenção da mídia?

    E, no entanto... No entanto o PT não puniu um só dos que puseram em risco a sobrevivência do governo Lula. E não fez a mais tímida autocrítica até hoje. E preferiu se aferrar à mentira de que tudo se deveu ao empenho da mídia golpista em pôr o governo no chão.

    O inferno é a mídia - o PT nada tem a ver com ele. É vítima.

    Vejam a enquete que está no ar oferecida pelo site do PT. E me digam se procedendo assim o partido tomará jeito algum dia.

    "Por que a imprensa brasileira comemorou o “cala-boca” do rei da Espanha a Hugo Chávez?

    Porque é tão autoritária quanto o gesto praticado pelo rei

    Porque não consegue disfarçar sua mentalidade colonialista

    Porque o incidente foi o pretexto ideal para subestimar a importância da cúpula Ibero-Americana

    Porque faz parte da estratégia de indispor a “opinião pública” brasileira contra a integração latino-americana"

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