Dados divulgados pelo Cadastro Geral (CAGED) do Ministério do Trabalho confirmam que o número de empregos criados nesse 2008 - a impressionante cifra de mais de 2 milhões - é a maior conquista do Brasil nos últimos 30 ano pelo impacto social, econômico e político que tem.
Significa que no governo Lula, nos últimos 6 anos quase 10 milhões de brasileiros foram empregados com carteira de trabalho assinada. É um dos maiores resgates sociais da história de nosso país, além de sustentar o crescimento da economia, via aumentos da renda e do consumo.
Por isso nossa única e exclusiva prioridade, agora em meio à crise econômica, é a de manter o crescimento econômico e do emprego, independente do que aconteça no mundo. E já se sabe o que será: vamos ter recessão, nos EUA, Europa e no Japão; redução do comércio e do crescimento global; falta de crédito para exportação; escassez geral de crédito; e queda dos preços das commodities, do petróleo, minerais e alimentos.
Mesmo assim, insisto, nossa economia pode e deve crescer apoiada no mercado interno. Para isso precisa de juros menores para, além do crédito, manter os investimentos públicos, e de uma política de Estado para proteger a economia nacional da crise financeira internacional, que agora chega as empresas e ameaça se transformar numa recessão.
Nao basta diminuir o compulsório e aumentar o crédito à agricultura. Precisamos é aumentá-lo para essa área e para as exportacões. É necessário crédito, também para as empresas que estão em dificuldades por falta dele e enfrentam queda das vendas, aumento dos preços dos insumos e peças importadas, e por operações no mercado futuro de derivativos.
BNDES, BB, CEF, BNB e fundos de pensão têm que criar, inclusive com a participação dos bancos privados, um fundo para comprar debêntures dessas empresas, com juros e garantias, convertíveis em ações no futuro, que é a forma de evitar uma doação de dinheiro público às empresas e garantir-lhes o crédito para investimentos e capital de giro.
Estamos acertados: precisamos de juros menores, crédito, sustentação do crescimento do emprego, da renda e do consumo, manutenção das obras de infra-estrutura urbana e econômica e dos programas sociais.
Temos de manter o país crescendo e aproveitar a crise para mudar de rumo na política macro-econômica. Então, juros menores e mais investimentos públicos já, antes que seja tarde.
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