G20 - Nova arquitetura financeira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu ontem a reunião do G20 Financeiro, que reúne presidentes de bancos centrais (BCs) e ministros de finanças dos países desenvolvidos e dos principais emergentes, dizendo que "nenhum país está a salvo da crise" e pedindo responsabilidade aos países para enfrentar a turbulência financeira. 

Lula fez um apelo por mudanças na maneira como as instituições financeiras são administradas e pediu a criação de uma "nova arquitetura financeira", dando mais voz aos países em desenvolvimento. 

O presidente também pediu que os países desenvolvidos dêem uma rápida resposta à desaceleração econômica causada pela crise de crédito.

"As políticas de cada país não podem transferir risco a outros países. Cada país deve assumir suas responsabilidades", disse o presidente. 

Ele destacou que a superação da atual crise passará pela cooperação entre países ricos e emergentes e pediu que os países não recorram ao protecionismo como forma de enfrentar as dificuldades.

Lula disse que um dos efeitos da crise foi o colapso da confiança nos mercados, que levou à escassez de crédito e fez com que os empréstimos ficassem mais caros mesmo para países mais preparados como o Brasil.

Para o presidente, um dos efeitos mais preocupantes da crise acontece no comércio. Segundo Lula, com a desaceleração econômica, os países ricos vão reduzir suas importações, afetando os emergentes.

"A redução na corrente de comérico não interessa a ninguém", disse o presidente.

Apesar da crise financeira, porém, Lula disse que no Brasil serão mantidas todas as obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). 

O presidente afirmou que a crise financeira global não pegou o Brasil desprevenido e prometeu que o governo não deixará que o crescimento econômico do país seja prejudicado. 

"Meu governo e a sociedade fizemos sacrifícios e agora começamos a colher os frutos... ampliou-se se nosso mercado interno, o que nos protege muito da crise internacional", disse Lula.

"O governo não permitirá que nosso crescimento seja comprometido", acrescentou o presidente.

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