No primeiro semestre, a crise da inflação importada, com juros pra cima e bolsas pra baixo. No último trimestre, a crise da recessão importada, com arrocho de crédito e disparo do câmbio. Vamos agora para 2009 ainda aguardando o efeito das medidas anticrise dos governos, das empresas, das famílias.
Única certeza: a marolinha de meio metro virou uma ressaca de cinco metros de altura em nossas praias de 2009. Mas não foi nem vai ser um maremoto.
O Brasil fecha 2008 com PIB acima de 5% e ensaia contentar-se em 2009 com PIB de 3%. Nada de dramático - ainda é uma taxa anual superior à média brasileira dos últimos 25 anos. Ou exatamente o dobro da taxa de crescimento de nossa população, crescimento ainda com manutenção do emprego e com direito a uma inflação pouco superior a 5% e com o dólar flutuando em razoável banda de equilíbrio, entre R$ 2,00 e R$ 2,30. E, fechando a roda, a oferta de crédito bancário para produção e consumo deve trafegar em 2009 pela bitola de 40% do PIB, contra a média de 37% em 2008.
Em resumo: a crise tipo bolha estourou em 2008. E estouro de bolha é uma solução e não uma tragédia. A tragédia era a existência da própria bolha.
Já estamos livres dela.
Feliz 2009.
Joelmir Beting
Boa noite!
ResponderExcluirRecebi um comentário no meu blog, em relação à começar a colaborar com o blog de vocês.
Li e achei muito interessante os assustos e a forma que vocês se expressam.
Gostaria de colaborar SIM.
Meus e-mails são: ulysses.silveira@gmail.com ou ulysses_silveira@yahoo.com.br
Grato pelo convite.