Recruta alemão

Com juros zerados nos EUA, perto de zero na Europa e nada além de 3% ao ano na Argentina, no México ou na China, fica ainda mais difícil deglutir a teimosia do Banco Central do Brasil, o medroso, em manter a taxa básica de referência dos juros bancários no Everest de 13,75% ao ano. Não vale a desculpa, ncluída agora em sua ata, que chegou a pensar num corte de 0,25 ponto.

Com projeção do mercado financeiro para 13,50% na média de toda a travessia de 2009. Ou seja: o BC está na mesma situação daquele famoso recruta alemão; o único com passo certo no batalhão. Ou, se prefere, a teoria monetária do Brasil, em oposição à teoria monetária do mundo, corresponde, na física aplica a uma lei da gravidade do Brasil no reverso da lei da gravidade do mundo: lá fora, você larga a maçã e ela cai. Aqui, você larga a maçã e ela voa. Palavra do BC. 

Nesta quinta-feira, até a Turquia, companheira do Brasil nesse quesito, cortou sua taxa em 1,25 ponto - mais até que o esperado pelo mercado (0,50 no máximo), para 15% ao ano - e a taxa real é bem menor.

Quer dizer: na política dos juros, um dos dois está cientificamente errado - ou o Brasil ou o mundo.
Nem o Brasil nem o mundo estão errados. São as raposas do BC que estão enchendo a pança dos seus patrões - os ogiotas nacionais e internacionais -.

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