Emprego na indústria em novembro tem pior desempenho desde 2003, diz IBGE

CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

O nível de emprego na indústria seguiu o ritmo da produção e caiu 0,6% em novembro, na comparação com o mês anterior, informou nesta terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a segunda queda consecutiva nessa base de comparação, já que em outubro, o número de empregos gerados no setor industrial havia registrado variação negativa de 0,2%.

Em relação a igual período do ano passado, porém, houve aumento de 0,4%. Foi o 29º mês consecutivo com resultado positivo na comparação com igual período no ano anterior. Esse incremento, porém, foi o menor constatado desde outubro de 2006 (0,3%).
Segundo o IBGE, os resultados de novembro estão "em linha com a desaceleração da produção industrial nos últimos dois meses".

De janeiro a novembro, o IBGE verificou crescimento de 2,4% em relação a período correspondente no ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta chega a 2,5%.

O valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria também teve a segunda contração consecutiva, com queda de 2,7% em novembro, na comparação com o mês anterior. Em relação a novembro do ano passado, o incremento foi de 4,1%. De janeiro a novembro, o acréscimo foi de 6,3%, e nos últimos 12 meses, também a alta acumulada também é de 6,3%.

O IBGE indicou que, na comparação com novembro de 2007, houve crescimento dos postos de trabalho em 11 dos 18 setores pesquisados, com destaque para com máquinas e equipamentos (6,3%), alimentos e bebidas (1,9%), minerais não-metálicos (7,5%), meios de transporte (4,1%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (4,9%).

Em sentido contrário, vestuário (-9,8%), madeira (-9,9%) e calçados e artigos de couro (-8,2%) exerceram as principais pressões negativas.

Nas regiões avaliadas, constatou-se incremento no nível de emprego na indústria em oito das 14 áreas pesquisadas, com maiores impactos observados em São Paulo (0,7%) e Minas Gerais (2,9%), na comparação com novembro de 2007.

Se comparado o nível de emprego nos primeiros onze meses do ano, o IBGE observou crescimento em 12 dos 18 ramos e em 11 dos 12 locais pesquisados. As principais influências no ano vêm de São Paulo (3,3%) e Minas Gerais (4,5%).

Em relação a novembro de 2007, o ganho salarial na indústria foi constatado em 13 das 14 áreas avaliadas, com exceção para a Bahia, onde houve recuo de 0,8%. Os principais destaques positivos foram São Paulo, cujo aumento chegou a 4% --principal contribuição--, Minas Gerais (10,6%) e Paraná (5,1%).

A folha de pagamento real cresceu em 12 dos 18 ramos investigados, na comparação com novembro de 2007. Os maiores impactos positivos vieram de produtos de metal (13,5%), minerais não-metálicos (19,6%), metalurgia básica (14%) e meios de transporte (4%).

O número de horas pagas na indústria caiu 1,7% em relação ao mês anterior, maior queda notada desde o início da série histórica, em janeiro de 2001. Isso, segundo o IBGE, reflete as paralisações na produção e a concessão de férias coletivas em função da crise financeira.

Em relação a novembro de 2007, o número de horas pagas teve a primeira queda após 29 meses, com recuo de 0,4%.

É a marolinha do Lulão. O povo que se dane, desde que ele se mantenha no poder.

É como eu digo: Se seu vizinho perde o emprego, é uma marolinha, quando você perde o emprego é um tsunami.

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