Mauricio disse...
A União Soviética não existe mais, o comunismo está morto, mas, Karl Marx, não pode ser enterrado junto.
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Leon Tolstói já havia percebido o valor mínimo dos “grandes homens” nos acontecimentos históricos. Mas o grande romancista acreditava que a invasão napoleônica na Rússia, por exemplo, foi obra da fatalidade. Coube a Marx expor as leis científicas da história, baseando-se nas disputas econômicas e nas lutas de classes. O modelo antagônico de interpretação da história é o carlyliano, de Thomas Carlyle, historiador que via no pensamento dos grandes homens o fio condutor da história.
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Nossa mídia é carlyliana. Nada tem sido mais comentado, desde os tempos de FHC, que a saga de Daniel Dantas. O banqueiro teria jantado com o ex-presidente que nega peremptoriamente o ágape. José Dirceu teria participado de um encontro no Marrocos com emissários de Dantas. O banqueiro, que teria sido íntimo de FHC, agora é apontado como protegido de Dirceu, Lula e Gilmar Mendes.
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O que está em jogo é uma disputa financeira pelo domínio do milionário mercado da telefonia celular. A mídia, porém, apresenta essa querela como uma questão de polícia, judicial ou moral. É preciso colocar na cadeia o banqueiro contraventor, como se na nossa história nunca tivessem existido banqueiros ligados ao poder, lobistas, testas-de-ferro e disputas financeiras.
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A questão não é puramente moral, mas, apresenta nítidos contornos financeiros. Se alguém comete crime, aí estão o MP, a polícia, a Receita Federal e a Justiça para processá-lo. O que não é correto é apresentar a questão moral como fulcro da contenda, negando a disputa econômica subjacente.
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Será que dá para escrever a história dos dias atuais baseada apenas nas declarações de Protógenes e nas denúncias de grampo de Demóstenes?
7 de Janeiro de 2009 12:09
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A opinião de Maurício vale a pena ser debatida, apesar de não ser marxista e não acreditar que os conflitos se dão puramente por disputas econômicas, vejo que no caso de Daniel Dantas há uma disputa pelo poder de controlar o mercado de telefonia. O presidente da república foi subornado através de seu filho, Lulinha, que tem negócios com Dantas. Chegou ao ponto de se dar uma penada para mudar a lei, e isto não foi feito sem custo.
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O fato moral também existe e deve ser atacado com vigor. Banqueiros e corruptos sempre estiveram presentes em todos os governos do mundo, mas nem por isto podemos aceitar que isto continue ocorrendo.
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Vamos debater a idéia do Maurício
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