Abram as contas secretas de Luxemburgo


 

Depois do cerco ao UBS suíço, que vai ter que identificar os americanos que lavavam dinheiro fechou-se a porta.

A indústria de lavar dinheiro, a indústria que consagrou Daniel Dantas, o herói da privatização de Fernando Henrique Cardoso, essa indústria vai acabar em breve.

Depois do 11 de setembro e, agora, com a crise financeira mundial, não dá mais para lavar dinheiro nas barbas das autoridades americanas e européias.

Um ato de terror financiado com lavagem de dinheiro.

Ou, de novo, a destruição do sistema financeiro – tudo isso se somou para fechar as portas da lavanderia.

Sarkozy já tinha ido para cima de Mônaco de Liechenstein.

A Alemanha já tinha ido para cima de Liechenstein.

O próprio Alan Greenspan, aquele que não sabia de nada, ele mesmo disse em 2007 que havia um “sistema na sombra”, um “shadow system”.

A “sombra” é essa – os fundos de siglas complicadas; as teias de aranha societárias, que encobrem o controlador e quem lava o dinheiro; esses hedge funds que ninguém sabe como funcionam – todas essas obras-primas que Daniel Dantas introduziu no Brasil nos bons tempos do “laissez faire” (ele adora um francês …) do Farol de Alexandria.

O Maluf que o diga.

Foi fazer uma movimentação mais pesada, caiu roupa para fora da máquina de lavar, e ele entrou no radar.

Essa notícia deve provocar certo stress na FIE P (*), por exemplo.

E mais ainda entre os tucanos.

Porque, mais cedo ou mais tarde, algum europeu mal encarado vai mandar abrir as contas secretas de Luxemburgo.

Aí, caro amigo navegante, vai voar tucano para todo lado …

Paulo Henrique Amorim

(*) O Conversa Afiada chama a FIESP de FIE P (sem o “S” ou “$”), depois que a FIE P, com a mão de gato do Farol de Alexandria, derrubou a CPMF com o argumento de que ia derrubar a inflação. A inflação não caiu, mas as atividades do Caixa Dois (ou “bahani”, como se diz em São Paulo) aumentaram significativamente. Viva o Brasil !

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