Eu deixei de me espantar quando o presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes faz declarações públicas que não condizem com a discrição que exige seu cargo. Dessa vez, por conta de um confronto que resultou na morte de seguranças de uma fazenda em Pernambuco (os sem-terra alegam legítima defesa), ele criticou o repasse de recursos públicos a entidades que atuam na luta pela terra.
“Financiamento público de movimentos que cometem ilícito é ilegal, é ilegítimo. Que o Ministério Publico tome providencias para verificar se não há financiamento ilícito a estas instituições”, disse Mendes.
Interessante a indignação do magistrado só ter surgido agora. Por que ele não veio a público dizer o mesmo nas centenas de vezes em que ocorreu o contrário, quando grandes empresas e fazendeiros, que receberam recursos públicos do BNDES, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, entre outros, estiveram envolvidos direta ou indiretamente com a morte de centenas de trabalhadores rurais, sindicalistas e missionários?... Continua >>
Briguliono,
ResponderExcluirGilmar taavez sofre do mesmo problema que abala nosso presidente.
Em 78, numa entrevista ao Canal 2 (TVE de São Paulo) Luís Inácio, na época sindicalista, afirmou : “Eu sou contra qualquer tipo de radicalismo... não é matando pessoas que nós vamos encontrar as soluções para os nossos problemas.” Sendo assim, da mesma forma que nosso presidente se revoltou contra o suposto sofrimento de UMA brasileira no exterior, era de se esperar, então, que se revoltasse também com a MORTE tanto de gente do MST quanto de ruralistas. Mas aparentemente ele ignora tais fatos.
No entanto, há uma diferença entre a agressão e morte a uns e outros. Os fazendeiros não saem em busca de trabalhadores rurais para matá-los. Eles os matam quando suas terras são invadidas, o que é bem diferente.
Jurema Cappelletti
Jurema, leia com mais atenção. A critica é sobre como o judiciário trata o pobre e o rico aqui no meu amado Brasil.
ResponderExcluirQuanto a matar sou contra, seja a vitima rica ou pobre.
Obrigado pela visita.