O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez, nesta sexta-feira, duras criticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Por sete votos a quatro, o tribunal decidiu que o réu só é preso após a condenação final, quando não houver qualquer possibilidade de recurso. Para Simon, a parcela mais pobre da população, sem condição de pagar advogados, vai continuar sendo presa. Já aqueles que contam com recursos para se defender judicialmente não serão presos.
"Julgar em caráter definitivo no Brasil é a coisa mais difícil. O pobre não pode recorrer, mas o cara que tem um bom advogado nunca vai conhecer cadeia", disse. "[No Brasil] Só vai preso ladrão de galinha", completou.
Ele disse ainda que os processos que chegam no Supremo nunca punem os acusados. Citou até mesmo o 2º Vice-Presidente da Câmara, Edmar Moreira (DEM-MG) – que tem no nome de seus filhos um castelo de cerca de R$ 20 milhões – e defendeu, logo que assumiu a vaga, o fim do Conselho de Ética e a subida de processos de quebra de decoro diretamente para o Supremo.
"Nosso amigo lá que foi escolhido o 2º Vice-Presidente, por que ele não quer que o Congresso julgue e quer que vá direto para o Supremo? Porque o Supremo não condena ninguém (...) No Supremo não acontece nada. É tudo arquivado, tudo arquivado", concluiu.
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