O aluno de escola pública é vítima do professor que não ensina direito que, por sua vez, é vítima dos governantes que não levam a educação a sério --a solução mais justa e eficiente, portanto, é repetir não os alunos, mas os políticos. Punir os políticos é a essência de uma das propostas sociais mais ousadas no país, batizada de Lei de Responsabilidade Educacional.
Apoiada por entidades como Unesco, Unicef, Todos pela Educação, além de representantes de secretários estaduais e municipais da Educação, a proposta visa punir governantes que não atinjam as metas fixadas para o ensino público --é algo que se assemelha à Lei da Responsabilidade Fiscal. Recebi a informação de que o Ministério da Educação vai apresentar, ainda neste semestre, um projeto de responsabilidade educacional para ser encaminhado ao Congresso.
Podem apostar que se essa lei sair do papel, os prefeitos e governadores vão ter de prestar mais atenção no que acontece na sala de aula, onde o aluno é a grande vítima.
Gilberto Dimenstein, 52, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras. |
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