"Como diria a negrada da Praça do Ferreira, tô ficando é velho e não doido!", afirmou, nesta segunda-feira, 9, o deputado federal Ciro Gomes (PSB), ao ser indagado se endossaria uma aproximação do PSB com o pré-candidato a presidente da República pelo PSDB em 2010, o governador de São Paulo José Serra. Para ele, esse tipo de informação é "fruto da indústria do fuxico" tocada pela imprensa sulista.
"Quem se atravessar no caminho do Serra paga caro. O que está em jogo em 2010 é o futuro do Brasil. Avançamos muito, mas com a crise o País perdeu e temos que estar vigilantes para essa turma do Serra não voltar", declarou Ciro durante entrevista ao programa Fala Ceará, da TV Cidade.
Sobre o PSB passar por cima de sua pré-candidatura e busca uma união com José Serra, o parlamentar disse que esse fato é mais uma informação criada pela mídia sulista. Deu o recado: "Ninguém precisa passar por cima de mim. Se a maioria vencer, arranje outro."
Ciro Gomes, que já foi candidato a presidente da Republica duas vezes, adiantou que pode ser novamente candidato, mas que a hora não é para discutir esse assunto.
Com relação à pré-candidatura da ministra Dilma Roussef (Casa Civil) e a informação dando conta de que teria criticado Lula por estar apostando só nessa opção, explicou: "Jamais fiz critica ao presidente por quem tenho estima grande e amizade". Complementou: "O que eu disse é uma análise. Não é crítica ao Governo Lula, mas as forças progressistas tentam construir um falso consenso.
"Hoje, por necessidade da governabilidade, o presidente Lula se sustenta com o PMDB e o PT e isso não tem sido bom para o Brasil. Essa aliança tem feito muito mal ao Brasil e ainda vai dar grandes sustos ao presidente Lula", alertou.
Ciro confirmou que não vai disputar cadeira de deputado federal em 2010 e que não pensa em se aposentar da política: "Aposentar jamais. Tenho 51 anos e vou continuar trabalhando pelo Ceará. O que eu não aceito é ser deputado federal. A mecânica de lá me tira a paciência. Horas de discurso e não se produz nada.". Ele também culpou a aliança PMDB-PT pelos entraves do Congresso.
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