Mar morto...Mar da Galiléia



Em Israel há  dois  lagos alimentados pelo  Rio Jordão.  Ficam  situados a quilómetros  de distância um do  outro. Mas  ambos possuem características  distintas entre  si. 
Um  é o Lago de Genesaré,  também conhecido como  Mar da Galileia 
ou  Lago de Tiberíades. O  outro é o chamado  “Mar Morto”. O  primeiro é azul, cheio  de vida e de contrastes,  de calma e de ondas.  
Nas  suas margens, refletem-se  delicadamente as flores   amarelas dos seus  belíssimos prados.  
O  Mar Morto é uma  lagoa densa e de  água salgada, em que  não há vida.
A  água que vem do  rio, ali fica estagnada. 
Que  é que faz destes  dois lagos, alimentados  pelo mesmo rio, lagos  tão diferentes?

Simplesmente  isto: 
O  Lago de Genesaré transmite  generosamente o que  recebe. 

A  sua água, quando chega  ali, parte de imediato  para remediar a seca  dos campos.

Sacia  a sede dos homens 
e  dos animais. 

É uma água altruísta. 
A  água do Mar Morto  estagna-se.  Adormece.  É salgada. Mata.  
É uma água esgoísta, estagnada, inútil.

 Com  as pessoas, passa-se  o mesmo.  

As  que vivem com generosidade,  a dar-se  e a  oferecer-se aos outros,  essas vivem e fazem  viver. 
As  pessoas que, com egoísmo,  recebem, guardam e não  dão, são como água  estagnada, que morre  e causa a morte  à sua volta. 
Muitas  pessoas parecem-se com  o Mar Morto: só  recebem, acumulam, não  se dão e assim  constroem uma vida amarga,  desgraçada e infeliz. 

 Há  outros, porém, que  dão e se oferecem  a si mesmos com  generosidade e sem esperar  recompensa…  

Estes  são as pessoas felizes do nosso mundo. 
Quanto  mais nos damos,
mais  recebemos. 

Quanto  menos partilhamos do  que é nosso, mais  pobres mais nos tornamos  pobres. 

 O  que acumula apenas para  si, chama  desesperadamente pela infelicidade

e  esta vem ter com  ele. 

 O  que partilha, esse  abre a porta à felicidade.  

P. Mariano de Blas 

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