No primeiro mandato do petista, o reajuste nominal foi de 20%, para uma inflação acumulada de 18,54%. No ano seguinte, a alta foi de 8,33% ante 7,06% do INPC; e em 2005, de 15,38%, contra uma inflação de 6,61%.
Já em 2006, quando a inflação foi de 3,21%, o reajuste foi bem superior, de 16,67%. Em 2007, por sua vez, o aumento real do salário mínimo ficou em 5,1%. Por fim, no ano passado, o salário mínimo foi reajustado em 9,21%, enquanto a inflação foi de 4,98%.
Caso seja confirmado, o novo mínimo de R$ 510,00 representará um incremento de renda na economia de R$ 26,6 bilhões, uma vez que 46,1 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no mínimo, segundo o Dieese.
Já o crescimento na arrecadação tributária sobre o consumo deverá ser de R$ 7,7 bilhões. Além disso, o impacto do aumento de R$ 45 no valor do mínimo irá significar um custo adicional ao ano de cerca de R$ 10,85 bilhões nas contas da previdência.
O estudo do Dieese também revelou que, no setor público, o número de trabalhadores que ganha até um salário mínimo é pouco expressivo nas administrações federal e estaduais. Nas administrações municipais, porém, a participação destes trabalhadores é expressiva, especialmente na região Nordeste.
Em instâncias federais, apenas 0,63% dos trabalhadores da região Norte recebem até um salário mínimo. No Nordeste, esse percentual é de 1,11%. Já em órgãos estaduais, essas porcentagens são de 3,96% e 2,95%, respectivamente. Por sua vez, nas administrações municipais do Norte 7,66% ganham até um salário mínimo. No Nordeste, 18% dos trabalhadores estão sob essa condição.
Karin Sato
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