Além das megafusões entre empresas brasileiras, Ambev, Gerdau, Vale e JBS Friboi foram comprar outras no exterior
Quem era adulto no século XX vai precisar de algum tempo para se acostumar aos quitutes do grupo Perdigão-Sadia e aos produtos financeiros do Itaú-Unibanco. Fusões de empresas no Brasil já ocorriam antes – foram 230 no ano 2000. Ao longo da década, elas se tornaram maiores e mais frequentes. Chegaram a 379 em 2008. Grupos brasileiros como Gerdau, Vale e JBS Friboi foram comprar empresas no exterior (houve 348 dessas operações em 2007, ponto alto da década). “Acabou a ideia de que só multinacionais estrangeiras vinham comprar empresas aqui. Agora, o Brasil é sede de multinacionais que compram lá fora”, diz Luís Motta, sócio da consultoria KPMG. Fusões e aquisições entre empresas revelam o dinamismo de nossa economia. Uma companhia maior pode disputar novos mercados e reduzir custos, um benefício ao consumidor, diz o economista Gesner de Oliveira, ex-presidente do Cade (órgão estatal responsável por avaliar essas operações). O perigo, diz Gesner, é o mercado se concentrar demais e a concorrência cair. Com suas novas megacorporações, o Brasil precisará de regulação e fiscalização mais atuantes que nunca.
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