Chico Xavier: Alma do Brasil


Oito anos depois de sua morte, o mito do médium mineiro está vivo, forte e será renovado por uma onda de filmes que celebram o centenário de seu nascimento. O que explica essa popularidade?
MARTHA MENDONÇA, DE PEDRO LEOPOLDO E UBERABA. COM LEOPOLDO MATEUS, MAURICIO MEIRELES
Ique Esteves
PSICOGRAFIA 
O ator Nelson Xavier como Chico, em cena do filme que será lançado no mês que vem. O espiritismo ganha as telas 
Como se explica que um homem pobre, doente e semi-instruído, nascido mulato no início do século passado, em um rincão distante de Minas Gerais, viesse a se tornar, ao longo de seus 92 anos de vida, e sobretudo depois dela, uma espécie de mito brasileiro – um nome capaz de emocionar, motivar e organizar as pessoas em torno de uma fé e do trabalho filantrópico que ela inspira? 

O que havia na personalidade e nas ideias daquele homem careca, estrábico, sempre de peruca e óculos escuros, que se expressava com a fala pausada e amanteigada dos mineiros, capaz de sobreviver a sua morte em 2002 e transformá-lo em objeto de culto, de estudo e de interesse crescente dos meios de comunicação? 

Por que o celibatário ao mesmo tempo doce e obstinado, que se dizia capaz de conversar com os mortos e foi perseguido e ridicularizado por isso, conseguiu expressar tão bem a alma brasileira a ponto de tornar-se, ele mesmo, um ícone popular e uma figura respeitada mesmo entre aqueles que não compartilham de suas polêmicas convicções?  Continua>>>

Nenhum comentário:

Postar um comentário