da Trincheira
Querido presidente,
Hoje é o dia do seu aniversário. E tenho certeza de que o povo saberá, em sua sabedoria, dar-te em breve o maior dos presentes: a eleição de sua candidata, Dilma Rousseff. Sei que ela continuará tocando em frente o projeto de nação que você iniciou em 2003 e que mudou, para sempre, este país que tanto amo e a minha própria vida, assim como a vida de muitos brasileiros como eu.
Hoje eu queria escrever uma carta que dissesse tudo o que eu gostaria de dizer, mas sei que isto não é possível. Os grandes homens e os grandes acontecimentos do mundo preenchem o nosso ser de maravilhas e é justamente por isso que minha alma se engrandece e as palavras se apequenam e não podem ir além do encantamento. Nada do que eu diga conseguirá dizer do meu alumbramento pelo País que estamos construindo.
Obrigado, meu Presidente. É tudo o que posso dizer nesse dia. Obrigado de todo o meu coração. Na sua imensa sabedoria, você se manteve simples. O mesmo menino pobre de Garanhuns que a lei social da gravidade trouxe para São Paulo. E foi com a sua simplicidade de menino que você reescreveu a história do Brasil. A sua poesia, Luiz Inácio, foi escrita para aqueles que têm olhos de ver a beleza transformadora da solidariedade.
Em nome dos 28 milhões de irmãos brasileiros que venceram o ciclo da pobreza e conseguiram uma vida digna, meu muito obrigado.
Em nome dos excluídos que puderam concluir a universidade, meu muito obrigado.
Em nome dos negros e dos índios que agora têm a sua história ensinada nas escolas, meu muito obrigado.
Em nome dos países africanos que receberam nosso auxílio humanitário, meu muito obrigado.
Em nome dos países latino-americanos, antes vítimas do nosso imperialismo e hoje tratados com respeito, meu muito obrigado.
Em nome dos milhões de trabalhadores com carteira assinada, meu muito obrigado.
Em nome dos miseráveis que deixaram de morrer de fome nos rincões da minha pátria, meu muito obrigado.
Em nome do futuro, que há de nos conceber como a província mais próspera e generosa da face da Terra, meu muitíssimo obrigado.
Vida longa, meu Presidente!
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Viva Lula!
Viva o Brasil!
Viva o povo brasileiro!
A mão de meu irmão desenha um jardim
E ele surge da pedra.
Há uma estrela no pátio.
Uma estrela de rosa e gerânio.
Mas seu perfume não me encanta a mim.
O que respiro é a glória de meu mano...
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[O Criador, Carlos Drummond de Andrade]
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