Ex-blog do Cesar Maia

BRASIL: TRÊS PRESIDENTES GOVERNARAM NUM AMBIENTE DE COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA!

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Cesar Maia

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1. A avaliação do presidente Lula no entorno de 80% positivos é certamente muito superior ao que seria uma avaliação -digamos- técnica de seu governo. Uma hipótese de análise é que só num ambiente multimídia isso seria possível. O Brasil conviveu com apenas três presidentes nesse ambiente: Collor, FHC e Lula. Collor encerrou, no Brasil, um ciclo inaugurado em 1960 nos EUA: o da publicidade política apoiada na televisão. FHC governou num período de transição, com a entrada da internet na política, a capilarização da comunicação política e a informação política online. Lembre-se que a inauguração da blogosfera na política só ocorreu em 2004 nas eleições presidenciais nos EUA e no Brasil em 2005.

2. Esse novo ambiente multimídia, capilarizado e online, introduz um jogo de alto risco. Quando um presidente inaugura uma obra, apresenta um projeto ou um programa localizados, cria a sensação que esse será generalizado. Com isso, cria expectativa para todo o país pela cobertura do evento em rede e capilarização em seguida. Fatos positivos ocorrendo numa conjuntura favorável criam a sensação que isso chegará a todos os lugares e famílias. Assim se generaliza. E se passa a avaliar um governo também pelo que ele não fez ainda. Ou nunca fará.

3. Os fatos negativos de forte impacto produzem o mesmo efeito, mesmo que esse impacto não tenha alcançado todas as regiões. Cria-se a sensação que os fatos negativos terminarão chegando a todos os lugares. Exemplo disso é o segundo governo FHC, onde nem os fatos positivos, como o auge do agronegócio, a expansão de programas de inclusão social, a curva de expansão do alcance da educação e da saúde não conseguiram compensar as notícias negativas e nem manter a memória do plano real e de reformas de estado. Afinal, a crise de 1997/1998 chegou no bolso das empresas e da classe média e, com isso, a repercussão foi mais que potencializada pelos seus efeitos através de todas as mídias.

4. Outro fator é o tempo em que os fatos são diluídos e renovados num ambiente multimídia online. A velocidade da entrada de novos fatos exige que a comunicação dos governos siga a máxima de Dick Morris: "Todo dia é dia de eleição". Na medida em que a conjuntura é favorável, os fatos criados estimulam a percepção que todos esses chegarão a todos os lugares.

5. Um governo que disputa a reeleição está, hoje, entre duas linhas horizontais paralelas. A de cima é de um governo excepcional onde tudo foi favorável. Lula certamente não foi esse governo. Basta ver a avaliação das funções de governo, que no máximo lhe dariam uns 40% de avaliação positiva. Abaixo da linha inferior seria um governo catastrófico, que não teria a menor chance nem de concorrer. Digamos que a linha de cima seja nota 8 e a de baixo nota 2. Entre as duas a reeleição depende da performance do governo percebida em função da comunicação na campanha eleitoral. Naqueles 90 dias.

6. Basta, para isso, acompanhar as pesquisas antes da eleição -posição em maio-junho- e durante a eleição. São muitos os casos em que o prefeito ou governador abre com 30% de aprovação e termina a eleição com mais de 50% de aprovação, como se o governo fosse o mostrado na propaganda eleitoral. Vale dizer: um bom governo não é garantia de vitória eleitoral hoje. E um mau governo não é garantia de derrota. Naquela faixa de 2 a 8.

7. Com isso, hoje, governar e comunicar passam a ter pesos quase semelhantes. E se a conjuntura não é de desastre, um governo medíocre pode ser percebido como um bom governo e um bom governo pode ser percebido como um governo medíocre. Os fatos específicos generalizados num ambiente de multimídia podem construir ou desconstruir imagens. Hoje, no Brasil, a TV aberta ainda é o ponto fulcral. O mundo da TV é mais simples. Em breve, com a complexidade e a descentralização das mídias a função comunicação se tornará muito mais complexa. Não bastará gastar dinheiro público em publicidade formal nem forçar a presença diária nos telejornais.

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CUSTEIO RESTRITO E A RIGIDEZ DAS CONTAS PÚBLICAS FEDERAIS!

Trecho do artigo de Mansueto F. Almeida Jr – IPEA.

1. A Definição do Custeio Restrito. Há anos trabalho com o conceito de custeio restrito, uma denominação que inventei para retirar dos gastos de custeio, os gastos com programas sociais, previdência, repartição de receita, e o custeio da função saúde e educação. A metodologia pode ser identificada na tabela seguinte abaixo. O gasto de custeio total (GND-3) de 2009 foi de R$ 510,9 bilhões. Mas quando se retira dessa conta as despesas acima para se chegar ao conceito de "custeio restrito"; sobram apenas R$ 50,4 bilhões, correspondentes a 1,60% do PIB de 2009.

2. É em cima dessa conta que o setor público pode passar a tesoura e não há muito espaço para reduções bruscas, pois em 2001, por exemplo, o custo de equalização dos empréstimos do BNDES no programa PSI que terá um custo de perto de R$ 5 bilhões valor que não existia em 2009. Assim, podemos até fazer um grande esforço de economia no custeio, mas o efeito será pequeno. Há ainda um outro problema. As três maiores contas do custeio restrito em 2009 foram, respectivamente: (1) outros serviços de terceiros-pessoa jurídica (R$ 14,5 bilhões); (2) sentenças judiciais (R$ 8 bilhões); e (3) indenizações e restituições (R$ 5,4 bilhões) – excluindo a parcela dessa contas que vai para educação e saúde. Dessas três contas, apenas a primeira está sobre o controle direto do governo. Assim, mesmo nos R$ 50 bilhões do custeio restrito de 2009, algo como R$ 13 bilhões não está sobre o controle direto do governo.

3. Conheça a tabela citada.

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PRÉ-SAL: LULA CONFIRMA QUE ESTADO DO RIO PERDERÁ 76% EM RELAÇÃO À HOJE!

1. Hoje, além dos royalties existe a "participação especial", semelhante aos royalties. Essa desaparece. Com isso, os 10% que o governo fala, eram na verdade 20. Com a nova divisão, os estados e municípios produtores ficam com 25% + 6% = 31% de 15%, ou 4,65%, que divididos pelos 20 anteriores são 23,25%. Ou seja, a perda será de 76,75% em relação ao que é hoje.

2. (Globo-online, 22) Segundo o ministro de Minas e Energia, a fatia dos royalties que hoje é de 10 por cento da arrecadação no modelo de concessão, passa a ser de 15 por cento nos contratos firmados no modelo de partilha e haverá uma nova fórmula para compensar Estados e municípios.

3. A regra proposta pelo governo prevê que os royalties serão divididos da seguinte forma: 25% para os Estados produtores \ 6% para os municípios produtores \ 3% para os municípios onde há embarque e desembarque de petróleo \ 22% para todos os Estados (pelos critérios do Fundo de Participação dos Estados) \ 22% para todos os municípios (pelos critérios do Fundo de Participação dos Municípios) \ 19% por cento para a União \ e 3% para um fundo que promoverá ações de mitigação para problemas ambientais causados pela exploração.

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WIKILEAKS: JOGO SUJO DO GOVERNO LULA CONTRA HONDURAS, QUE RESPIRA COM AS TRANSFERÊNCIAS!

(El Heraldo, 21) O governo de Porfírio Lobo Sosa lamentou o pedido do Brasil para bloquear as remessas que os hondurenhos enviam dos Estados Unidos, como forma de pressão na crise política de 2009. O site WikiLeaks publicou um informe que afirma que o Brasil pediu aos Estados Unidos que sufocasse Honduras através do bloqueio de suas remessas e, dessa forma, provocar o retorno ao poder do ex-presidente Manuel Zelaya, deposto em 28 de Junho.

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COMISSÃO DA CÂMARA DO RIO, QUE ANALISA TERMINAL PESQUEIRO, DIZ NÃO E SALVA A ILHA DO GOVERNADOR!

A Comissão Especial do Terminal Pesqueiro Público – criada a partir da resolução nº 1184/2010 e formada pelos vereadores Tânia Bastos (presidente), Paulo Messina (relator), Jorge Pereira, Eider Dantas e Elton Babú – entregou o relatório final nesta terça-feira (21/12). De acordo com o texto, o empreendimento industrial (Terminal Pesqueiro Público) está inserido no entorno da APARU (Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana) do Jequiá, criada pelo decreto Municipal de nº 12.250, de 31 de agosto de 1993, e as atividades a serem desenvolvidas não condizem com o tipo de zoneamento permitido ao local escolhido para a instalação do empreendimento. Segundo o Decreto Municipal de nº 322/1976, e conforme previsto no Decreto Municipal nº 2108/1979, o terreno está inserido em uma Zona Residencial – nº 3, logo não pode comportar um empreendimento comercial do porte do TPP. A comissão alerta que o TPP dificilmente poderá coexistir com o uso residencial sem que cause inúmeros transtornos aos moradores.

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CIRCULAÇÃO MÉDIA DIÁRIA DE JORNAIS NO BRASIL EM NOVEMBRO!
             
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