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Trechos do artigo de Malcolm Gladwell (A Revolução não será twitada), no caderno Ilustríssima da Folha de SP (12).
1. A luta pelos direitos civis que engolfou o sul dos Estados Unidos nos anos 60 aconteceu sem e-mail, mensagens de texto, Facebook ou Twitter. Dizem que o mundo passa por uma revolução. As novas ferramentas de redes sociais reinventaram o ativismo social. Com Facebook, Twitter e que tais, a relação tradicional entre autoridade política e vontade popular foi invertida, o que facilita a colaboração mútua e a organização dos desprovidos de poder e dá voz às suas preocupações. Se antes os ativistas eram definidos por suas causas, agora são definidos pelas ferramentas que empregam. E esses inovadores tendem ao solipsismo.
2. Como escreveu Robert Darnton, "as maravilhas da tecnologia de comunicação no presente produziram uma falsa consciência sobre o passado -e até mesmo a percepção de que a comunicação não tem história, ou nada teve de importante a considerar antes dos dias da televisão e da internet". Mas há mais um fator em jogo nesse desproporcional entusiasmo em relação às redes sociais. Parece que esquecemos o que é ativismo. Ativismo que desafia o status quo -e ataca problemas profundamente enraizados- não é para bundas-moles.
3. O que leva uma pessoa a esse tipo de ativismo? O fator decisivo é o grau de conexão pessoal entre a pessoa e o movimento que participa. O ativismo de alto risco é um fenômeno de "VÍNCULOS FORTES".
4. VÍNCULOS FRACOS. O ativismo associado às redes sociais nada tem em comum com isso. As plataformas dessas redes são construídas em torno de vínculos fracos. O Twitter é uma forma de seguir (ou ser seguido por) pessoas que talvez nunca tenha encontrado cara a cara. O Facebook é uma ferramenta para administrar o seu elenco de conhecidos, para manter contato com pessoas das quais de outra forma você teria poucas notícias. É por isso que se pode ter mil "amigos" no Facebook, coisa impossível na vida real. Sob muitos aspectos, isso é maravilhoso. Há força nos vínculos fracos, como observou o sociólogo Mark Granovetter. Nossos conhecidos -e não nossos amigos- são a nossa maior fonte de novas ideias e informações. A internet nos permite explorar a potência dessas formas de conexão distante com eficiência maravilhosa.
5. É sensacional para a difusão de inovações, para a colaboração interdisciplinar, para integrar compradores e vendedores e para as funções logísticas das conquistas amorosas. Mas vínculos fracos raramente conduzem a ativismo de alto risco. "As redes sociais são especialmente eficazes para reforçar a motivação", escreveram Aaker e Smith. Mas NÃO é verdade. As redes sociais são eficazes para ampliar a participação, mas reduzindo o nível de motivação que a participação exige. Em outras palavras, o ativismo no Facebook dá certo não ao motivar pessoas para que façam sacrifícios reais, mas sim ao motivá-las a fazer o que alguém faz quando não está motivado o bastante para um sacrifício real.
6. ALTO RISCO. O movimento dos direitos civis (anos 60) era ativismo de alto risco. Era também, e isso é importante, ativismo estratégico: um desafio ao establishment, montado com precisão e disciplina. "Cada grupo tinha uma missão definida e coordenava suas atividades por meio de estruturas de autoridade", escreve Morris. "Os indivíduos eram responsáveis pelas tarefas que lhes eram designadas e conflitos importantes eram resolvidos pelo pastor, que em geral exercia a autoridade final sobre a congregação."
7. HIERARQUIA. Essa é a segunda distinção crucial entre o ativismo tradicional e sua variante on-line: as redes sociais não se prestam a esse tipo de organização hierárquica. O Facebook e sites semelhantes são ferramentas para a construção de redes e, em termos de estrutura e caráter, são o oposto das hierarquias. Ao contrário das hierarquias, com suas regras e procedimentos, as redes não são controladas por uma autoridade central e única. As decisões são tomadas por consenso, e os vínculos que unem as pessoas ao grupo são frouxos. Essa estrutura torna as redes imensamente flexíveis e adaptáveis a situações de baixo risco.
8. Carecendo de uma estrutura centralizada de liderança e de linhas de autoridade claras, as redes encontram dificuldades reais para chegar a consensos e estabelecer metas. Como fazer escolhas difíceis sobre táticas, estratégias ou orientação filosófica quando todo mundo tem o mesmo poder? De forma semelhante, a Al Qaeda era mais perigosa quando mantinha uma hierarquia unificada. Agora que se dissipou em rede, vem se mostrando bem menos eficaz. As desvantagens das redes pouco importam, quando não estão interessadas em mudança sistêmica -caso desejem apenas assustar, humilhar ou fazer barulho-, ou quando não precisam pensar estrategicamente. Mas, se o objetivo é combater um sistema poderoso e organizado, é preciso uma hierarquia.
9. PODER DE ORGANIZAÇÃO. Clay Shirky, professor na Universidade de Nova York, procura demonstrar o poder de organização da internet. Na opinião de Shirky, ilustra "a facilidade e rapidez com que um grupo pode ser mobilizado para o tipo certo de causa" na era da internet. Na opinião de Shirky, esse modelo de ativismo é superior. Mas, na verdade, NÃO passa de uma forma de organização que favorece as conexões de vínculo fraco que nos dão acesso a informações, em detrimento das conexões de vínculo forte que nos ajudam a perseverar diante do perigo.
10. Transfere nossas energias das entidades que promovem atividades estratégicas e disciplinadas para aquelas que promovem flexibilidade e adaptabilidade. Torna mais fácil aos ativistas se expressarem e, mais difícil, que essa expressão tenha algum impacto. Os instrumentos de redes sociais estão aptos a tornar a ordem social existente mais eficiente. Não são inimigos naturais do status quo. Se, na sua opinião, o mundo só precisa de um ligeiro polimento, isso não deve lhe causar preocupação. Mas se você acredita em mudança essa tendência deveria incomodá-lo.
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"MOVIMENTO PT" DO DEP. MARCO MAIA, FUTURO PRESIDENTE DA CÂMARA E A "BARBÁRIE CAPITALISTA"!
No programa do 'Movimento PT', o capítulo -Identidade- fala, entre outras coisas, sobre a 'barbárie capitalista'. Leia: "A defesa do socialismo. Não podemos admitir que o capitalismo seja o estágio supremo de evolução da humanidade. Isto seria uma capitulação inaceitável que também significaria o fim de um partido que se reivindica "dos trabalhadores", uma vez que o capitalismo é intrinsecamente o sistema da burguesia. É inegável que o projeto socialista, em sua primeira tentativa internacional, sofreu um grande revés, colocando os revolucionários de todo o mundo na defensiva. Isto não significa, entretanto, que a utopia socialista tenha morrido, pois isto significaria abandonar, definitivamente, o sonho de uma sociedade de iguais, justa e solidária e aceitar a barbárie capitalista como definitiva. Debater a questão do socialismo e suas múltiplas possibilidades e a questão da transição para este regime são tarefas de maior importância histórica e que o MPT não pode descurar em hipótese alguma."
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CINEMA NO COMPLEXO DO ALEMÁO..., SUPERFATURADO?
(JAP) "A Prefeitura vai inaugurar no Morro do Alemão um cinema de 85 lugares, com um equipamento 3D que custou R$540.000,00. Este mesmo equipamento, no mercado, não passa de R$250.000,00. E mais: a empresa que vai operar a sala tem cinemas em vários municípios, mas nenhuma no Rio de Janeiro. O dono desta empresa, Sr. Rubens, trabalhava na FOX e foi demitido por cobrar "apoio" de exibidores. O contrato para a administração do cinema do Morro do Alemão foi assinado com a Riofilme, sem licitação ou qualquer oferta pública. O Sindicato Municipal de Exibidores Cinematográficos, presidido por Roberto Darze, vai contestar a Prefeitura e a Riofilme."
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WORLD METTERS!
Hoje nasceram uns 360 mil bebês no mundo todo. Hoje morreram 160 mil pessoas no mundo todo. Em 2010 já foram produzidos quase 50 milhões de automóveis e umas 105 milhões de bicicletas. Mais de 270 milhões de computadores foram vendidos no ano.
Conheça detalhes e o marcado/numerador.
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FINALMENTE OSCIPIS SÃO FLAGRADAS! SERIA BOM REVER ESSAS QUE ENTRARAM NO RIO DESDE 2009!
(Jornal Nacional, 14) Entidades sem fins lucrativos são vendidas como mercadoria em Goiás. As OSCIPs têm certificado do Ministério da Justiça e o compromisso de promover o bem social. Antônio Carlos Vieira oferece a venda de OSCIPs, já aprovadas, prontas para operar imediatamente e receber dinheiro público. A casa de Aline Aparecida Brazão, em Alto Paraíso, Goiás, é a sede de dez Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), uma espécie de ONG que deve ter um certificado de qualificação do Ministério da Justiça e assumir o compromisso de promover o bem social. Segundo a CGU, Aline Brazão é ou foi presidente de 45 OSCIPs. Ele tem um site na internet em que oferece a venda de OSCIPs, já aprovadas, prontas para operar imediatamente, prontas para receber dinheiro público. O produtor do Jornal Nacional, Fabiano Andrade, se passou por um interessado em comprar uma OSCIP. Marcou um encontro com Antônio Vieira em uma concessionária de veículos de Brasília. Antônio Vieira ofereceu a ele a entidade por R$ 22 mil.
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SOBRE O QUE PODE CHÁVEZ LEGISLAR! UM MÊS ANTES DE ASSUMIR O NOVO PARLAMENTO ELEITO!
O Parlamento da Venezuela aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que concede a Hugo Chávez plenos poderes para governar por decreto durante um ano. A medida permitirá a Chávez legislar nas áreas de moradia, infraestrutura, terras urbanas e rurais, economia, defesa e cooperação internacional. Chávez ganha plenos poderes para governar a menos de um mês para a renovação do Parlamento. A partir de 5 de janeiro, a bancada chavista não contará mais com a maioria absoluta que lhe permitiu, durante cinco anos, aprovar com facilidade todas as reformas aplicadas neste período. Chávez também ganha poderes para legislar no polêmico setor das telecomunicações e informática.
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RÚSSIA SEDE DA COPA DO MUNDO DE 2018!
Vídeo de 9 minutos com que a Rússia defendeu sua candidatura e venceu. Assista.
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