[...] A sociedade precisa urgentemente definir o que é homofobia e racismo, pois estão confundindo o significado destes termos com a falta de educação das pessoas.
Na opinião deste que vos escreve, ocorre homofobia quando, por motivo da orientação sexual, uma pessoa é discriminada, repudiada, tratada de forma desigual que não permite igualdade de condições e direitos.
O caso do jogador Michael, do Vôlei Futuro é só mais um exemplo da banalização do termo homofobia. Chamar um homossexual de “bicha”, “veado” ou termos semelhantes, não pode ser considerado homofobia, por vários motivos:
Os próprios homossexuais usam estes termos entre eles. Quem assistiu o último BBB pôde perceber isso. Um homossexual chamar de bicha outro homossexual não é homofobia?
- E o Renato Gaúcho? O coro mais entoado nos estádios nos últimos 30 anos é “Renato Veado”. 50 mil pessoas chamarem um heterossexual de veado não é homofobia?
- Isso tudo não é homofobia, é falta de educação. Eu considero tais coros dos ginásios e estádios semelhantes aos demais coros que tem entonação de xingamento a qualquer pessoa.
- Em nenhum momento, o jogador Michael foi discriminado ou teve sua igualdade de direitos ferida. Ele foi xingado pela torcida adversária, assim como xingam as mães do árbitros.
- Não estou defendendo todos esses xingamentos em shows, estádios e ginásios. Muito pelo contrário, repudio. Entretanto, os protestos contra a suposta homofobia sofrida pelo jogador Michael seriam muito mais efetivos se centrados no real motivo do acontecimento: a falta de educação nos locais públicos.
A linha de raciocínio acima é válida também para os recentes e supostos casos de racismo.
Agressões gratuitas a homossexuais na Avenida Paulista é homofobia. Deixar de contratar um trabalhador por ser negro é racismo. E não é isso que tem acontecido nos últimos exemplos que ganharam destaque na mídia.
Se estou jogando num estádio europeu, defendendo a seleção pentacampeã e jogam uma banana na minha direção, eu vou dar risada. Por que?
Porque eu sou uma das estrelas do jogo. A pessoa que jogou a banana está pagando pra me ver jogar. Não fui discriminado. Estou trabalhando e as melhores condições para que eu execute meu trabalho me foram dadas.
Além de dar risada, se eu estivesse com problemas de falta de potássio durante a partida, iria lá e comeria a banana.
Otaviano Jr
Bom post!
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