Massacre em Realengo

[...] O drama da família do atirador

Acho incrível como a imprensa tem se limitado a mostrar o vandalismo contra o patrimônio da família do assassino como se aquilo fosse uma reação "normal". E muitos jornalistas têm perseguido os familiares de Wellington como se eles tivessem responsabilidade no assassinato de crianças. Será que não entendem que a família não tem nada a ver com isso e que também está vivendo uma tragédia? 
Os parentes saíram da casa já depredada com medo de represálias. Como isso, Wellington Menezes deve ser enterrado como indigente, já que até agora ninguém se prontificou a dar proteção para um membro da família sequer ir ao IML fazer o reconhecimento do corpo.
por Michel
Eis a reportagem do IG:  Quem vai fazer o reconhecimento do corpo?

Irmão de atirador diz que não há condições de ir ao Rio. Família está com receio de represálias “Que País é este? Está tudo pichado, levaram tudo da casa da minha irmã”, diz P, irmão de Wellington de Oliveira, ao comentar sobre o imóvel onde morava com a família em Realengo e foi depredado. Em conversa por telefone com o iG, neste domingo (10), P., muito nervoso, diz que não agüenta mais o assédio da imprensa após o massacre em Realengo e disse que está tomando uma “série de remédios” desde que saiu do hospital com problemas nos rins. “Fiquei 40 dias internado, anemia, não tem nada a ver com essa história, não temos nada a ver com isso. Quem te passou meu telefone? Eu não agüento mais, a gente não tem sossego com negócio de jornal. Estou evitando falar”, afirmou, com a voz trêmula. 

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Do Último Segundo
Irmão de atirador diz que não há condições de ir ao Rio. Família está com receio de represálias
Andréia Sadi, iG Brasília | 10/04/2011 13:14
“Que País é este? Está tudo pichado, levaram tudo da casa da minha irmã”, diz P, irmão de Wellington de Oliveira, ao comentar sobre oimóvel onde morava com a família em Realengo e foi depredado. Em conversa por telefone com oiG, neste domingo (10), P., muito nervoso, diz que não agüenta mais o assédio da imprensa após o massacre em Realengo e disse que está tomando uma “série de remédios” desde que saiu do hospital com problemas nos rins.
“Fiquei 40 dias internado, anemia, não tem nada a ver com essa história, não temos nada a ver com isso. Quem te passou meu telefone? Eu não agüento mais, a gente não tem sossego com negócio de jornal. Estou evitando falar”, afirmou, com a voz trêmula.
Um dos cinco irmãos de Wellington, P., pede para desligar porque "precisa almoçar" e passa o telefone para um homem que mora com ele e não quis se identificar. "Gostaria que vocês deixassem a gente em paz. Liga mais tarde, deixa ele almoçar. Ele está com os papéis do médico", disse.
Questionado se alguém da família faria o reconhecimento do corpo do atirador, que continua no Instituto Médico Legal (IML) do Rio para reconhecimento, ele responde: “E quem vai fazer o reconhecimento do corpo? Não tem condições de fazer. E nesta situação? A gente mora longe. Quem vai fazer o reconhecimento do corpo?”
Caso ninguém apareça para fazer o reconhecimento, o corpo de Wellington será enterrado como indigente. Funcionários do IML, que preferem não ser identificados, relataram ao iG que a família estaria com medo de ir ao local para retirar o corpo por conta de represálias. Uma das irmãs do atirador, inclusive, deixou a casa da família em Realengo com o marido e o filho. O local foi depredado na madrugada de sábado.
Após mais um ataque à casa da família de Wellington neste domingo, vizinhos decidiram pedir reforço policial com receio de novas represálias. Uma moradora chegou a dizer à polícia que os vândalos ameaçaram atear fogo no imóvel. Policiais que registraram a ocorrência não descartam a possibilidade de o crime ter sido cometido a mando de traficantes que atuam na região, já que duas crianças mortas moravam na favela.
* Com Priscila Bessa e Flávia Salme, iG Rio de Janeiro

Um comentário:

  1. Pensei que fosse somente o W. que tivesse entrado no campo da alteração da consciência, agora vejo que os jornalsitas também piraram

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