José Dirceu escreveu a carta abaixo:
Prezado jornalista Ricardo Noblat,
Na quinta-feira, 25 de maio, seu blog reproduziu o artigo "Uma análise conceitual do Caso Palocci", do cientista político Bruno Lima Rocha, com uma injusta e ofensiva referência a mim e aos meus companheiros. Creio que mereço o direito de resposta.
Diz o texto, em determinado trecho: "é condenável o fato, hoje 'fora de moda', de transformar uma trajetória com idéias socialistas em grotesca caricatura de si mesmo, tal como hoje são José Dirceu, José Genoino, os ex-sindicalistas com mandato federal e toda uma geração de possibilistas-melhoristas".
Trata-se de mais uma tentativa de me envolver em episódios nos quais não tenho participação, com um leviano questionamento sobre minha vida pública, construída com muita luta desde a adolescência. Continuo militante político e sempre lutando pelo reconhecimento de minha inocência das acusações infundadas que me afastaram de um mandato parlamentar para o qual fui democraticamente eleito. Não abandonarei a vida pública e a luta política em nenhuma circunstância. E também não tenho dúvida sobre minha honra e ética.
Por isso, não é "grotesca caricatura de si mesmo" quem dedica a vida a lutar por uma causa, por um Brasil mais justo e pela melhoria da qualidade de vida da população. E é exatamente isso o que o projeto político pelo qual milito está fazendo no governo federal.
Com o empenho e trabalho de pessoas honradas e honestas, entre elas, eu, José Genoíno e vários ex-sindicalistas, ofendidos gratuitamente no texto de Bruno Lima Rocha. Não são "possibilistas-melhoristas" aqueles que promoveram uma grande transformação social no Brasil, reconhecida por governantes de todo o planeta.
Os milhões de brasileiros beneficiados pelas políticas sociais de nosso governo, os milhões que deixaram a linha da pobreza, os que hoje têm emprego e acesso à luz elétrica, à casa própria e à universidade sabem do que estou falando.
E esses são apenas alguns resultados da luta política que eu, José Genoino e tantos companheiros, sindicalistas ou não, estamos travando há tantos anos. São ideais postos em prática, não por "grotescas caricaturas" ou "possibilistas-melhoristas", mas, sim, de pessoas honestas e honradas que não têm medo de serem cobradas pelo o que defendem e pelo o que fazem.
Que honra? Que ética?
ResponderExcluirMe engana que eu gosto.