Como há muito havíamos previsto, o PSDB no Ceará é um partido sem futuro e, por isso mesmo, caminha inexoravelmente para a extinção. Para conseguir uma sobre-vida, a única saída é a fusão, juntando os cacos do que restou do DEMO (ex-Arena, PDS e PFL) e do PPS. Nascido de uma dissidência do PMDB que inchou depois que chegou ao centro do poder com o fim da ditadura militar, os dissidentes de então acusavam os dirigentes peemedebistas de aéticos, clientelistas e nepotistas, além de descompromissados com as causas maiores da Nação. Mas tão logo o PSDB chegou ao poder central, aliou-se justamente com os que antes abominavam, inclusive com o PFL.
No Ceará, Tasso Jereissati tornou-se a liderança maior dos tucanos, cooptando senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores. Chegou a ter 13 dos 22 deputados federais, 26 dos 46 deputados estaduais e 130 dos 184 prefeitos municipais, uma força política arrasadora como um trator, passando por cima de tudo e de todos. Dos sete deputados estaduais eleitos no ano passado, somente dois (João Jaime e Fernando Hugo) devem permanecer, e a revoada de prefeitos será enorme. Aliás, já começou.
Com Tasso no governo cearense, a Assembléia Legislativa passou a ser uma simples secretaria estadual, sendo o seu presidente e os demais membros da Mesa Diretora impostos pelo todo poderoso “imperador”. A exceção foi Antonio Câmara, no primeiro governo tassista. Câmara permaneceu no PMDB, deu dignidade ao Poder Legislativo e tornou-se uma incômoda pedra do governador, derrotando-o muitas vezes. Contra a vontade de Tasso Jereissati, Antonio Câmara elegeu-se presidente da Assembleia Estadual Constituinte, acumulando com a presidência da Assembleia Legislativa. Foi um dos maiores presidentes de toda a história do legislativo cearense.
O PSDB cearense era Tasso e depois dele era ele de novo. A sua vontade era imposta e não havia uma única voz que discordasse no ninho tucano. Assim ele criou o seu próprio código de ética e mandou a fidelidade partidária pras cucuias. Em 1998 o Coisa Ruim (FHC)disputou a reeleição, mas Tasso apoio Ciro Gomes que disputou a presidência da República pelo PPS; e em 2002 o PSDB disputou a presidência da República com José Serra, mas no Ceará o candidato apoiado pelos tucanos foi mais uma vez Ciro Gomes, que foi o mais votado, tendo Serra obtido uma votação pífia, ficando lá na rabada; em 2006 o então governador tucano Lúcio Alcântara disputou a reeleição, mas Tasso e sua trupe votaram em Cid Gomes que, eleito, governou com o irrestrito apoio tucano, tendo levado dois deles para o seu secretariado: Bismark Maia, para a Secretaria de Turismo, e Marcos Cals, para a de Justiça e Cidadania.
Contrariado por não ter recebido o apoio explícito de Cid Gomes para a sua reeleição ao Senado, Tasso, que já tinha declarado apoio a Cid, inclusive elogiando a sua administração, lançou a candidatura do então deputado estadual Marcos Cals, ex-secretário de Cid. Contudo, a maioria dos tucanos já tinha se comprometido com a reeleição do governador. Houve ameaças de expulsão dos infiéis, mas mesmo assim nenhum tucano que se comprometeu com Cid voltou atrás.
“Se o PSDB for expulsar, vai se acabar”, alertou o prefeito do município de Granja, Esmerino Arruda, ao comentar decisão da direção do PSDB de punir os infiéis da última campanha majoritária. E, com ironia, complementou: “Que comece pelo Tasso, que apoiou o Cid na primeira eleição quando o PSDB tinha candidato a governador”.
Agora a cúpula tucana quer expulsar o deputado estadual Gony Arruda por este ter aceito ocupar a Secretaria Estadual de Esportes. Antes de dar a resposta ao governador Cid Gomes, ele consultou a bancada estadual do seu partido e obteve o aval de seis dos sete colegas. Anteontem, Gony anunciou a sua desfiliação do PSDB – deve ir para o PSD, juntamente com os outros deputados, com exceção de João Jaime e Fernando Hugo -, mas mesmo assim a cúpula tucana enfatiza que o processo de expulsão terá prosseguimento.
Mais do que nunca, cabe a pergunta:
No Ceará, Tasso Jereissati tornou-se a liderança maior dos tucanos, cooptando senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores. Chegou a ter 13 dos 22 deputados federais, 26 dos 46 deputados estaduais e 130 dos 184 prefeitos municipais, uma força política arrasadora como um trator, passando por cima de tudo e de todos. Dos sete deputados estaduais eleitos no ano passado, somente dois (João Jaime e Fernando Hugo) devem permanecer, e a revoada de prefeitos será enorme. Aliás, já começou.
Com Tasso no governo cearense, a Assembléia Legislativa passou a ser uma simples secretaria estadual, sendo o seu presidente e os demais membros da Mesa Diretora impostos pelo todo poderoso “imperador”. A exceção foi Antonio Câmara, no primeiro governo tassista. Câmara permaneceu no PMDB, deu dignidade ao Poder Legislativo e tornou-se uma incômoda pedra do governador, derrotando-o muitas vezes. Contra a vontade de Tasso Jereissati, Antonio Câmara elegeu-se presidente da Assembleia Estadual Constituinte, acumulando com a presidência da Assembleia Legislativa. Foi um dos maiores presidentes de toda a história do legislativo cearense.
O PSDB cearense era Tasso e depois dele era ele de novo. A sua vontade era imposta e não havia uma única voz que discordasse no ninho tucano. Assim ele criou o seu próprio código de ética e mandou a fidelidade partidária pras cucuias. Em 1998 o Coisa Ruim (FHC)disputou a reeleição, mas Tasso apoio Ciro Gomes que disputou a presidência da República pelo PPS; e em 2002 o PSDB disputou a presidência da República com José Serra, mas no Ceará o candidato apoiado pelos tucanos foi mais uma vez Ciro Gomes, que foi o mais votado, tendo Serra obtido uma votação pífia, ficando lá na rabada; em 2006 o então governador tucano Lúcio Alcântara disputou a reeleição, mas Tasso e sua trupe votaram em Cid Gomes que, eleito, governou com o irrestrito apoio tucano, tendo levado dois deles para o seu secretariado: Bismark Maia, para a Secretaria de Turismo, e Marcos Cals, para a de Justiça e Cidadania.
Contrariado por não ter recebido o apoio explícito de Cid Gomes para a sua reeleição ao Senado, Tasso, que já tinha declarado apoio a Cid, inclusive elogiando a sua administração, lançou a candidatura do então deputado estadual Marcos Cals, ex-secretário de Cid. Contudo, a maioria dos tucanos já tinha se comprometido com a reeleição do governador. Houve ameaças de expulsão dos infiéis, mas mesmo assim nenhum tucano que se comprometeu com Cid voltou atrás.
“Se o PSDB for expulsar, vai se acabar”, alertou o prefeito do município de Granja, Esmerino Arruda, ao comentar decisão da direção do PSDB de punir os infiéis da última campanha majoritária. E, com ironia, complementou: “Que comece pelo Tasso, que apoiou o Cid na primeira eleição quando o PSDB tinha candidato a governador”.
Agora a cúpula tucana quer expulsar o deputado estadual Gony Arruda por este ter aceito ocupar a Secretaria Estadual de Esportes. Antes de dar a resposta ao governador Cid Gomes, ele consultou a bancada estadual do seu partido e obteve o aval de seis dos sete colegas. Anteontem, Gony anunciou a sua desfiliação do PSDB – deve ir para o PSD, juntamente com os outros deputados, com exceção de João Jaime e Fernando Hugo -, mas mesmo assim a cúpula tucana enfatiza que o processo de expulsão terá prosseguimento.
Mais do que nunca, cabe a pergunta:
tucano cearense tem moral para expulsar alguém por infidelidade partidária?
Messias Pontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário