Não é difícil descobrir as eminências pardas escondidas atrás do poder e dos poderosos. Napoleão dizia dispor de um amo e senhor que determinava todas as suas iniciativas: era a natureza das coisas. Já os presidentes Castelo Branco, Ernesto Geisel e João Figueiredo tinham o general Golbery do Couto e Silva. José Sarney não agia sem o dr. Ulysses, e, com todo o respeito, a presidente Dilma Rousseff reverencia no Lula o seu grande oráculo.
Tudo bem, é da vida a existência dessas influências por trás do trono, mas alguma coisa está errada quando as eminências pardas assumem a forma de entidades ou empresas que mais parecem um arco-iris flamejante. O Brasil, como nação, ganhou um amo e senhor, melhor dizendo, um feitor de escravos, empenhado em ditar ações que seriam de nossa exclusiva competência.
Chama-se FIFA, que desde a nossa escolha para sediar a Copa do Mundo de 2014 vem dando não apenas palpites, mas expedindo ucasses e determinações escandalosas. Sua última interferência foi fechar por quatro horas, no próximo sábado, o Aeroporto Santos Dumont, no Rio. Só porque o sorteio das eliminatórias do certame acontecerá na Marina da Glória, na parte da tarde, nenhuma aeronave poderá aterrissar ou levantar vôo, duas horas antes e duas horas depois. Pior é que o nosso governo aceitou a exigência, feita através do ministério dos Esportes e destinada a atingir a proporia presidente Dilma Rouseff, que já confirmou presença na cerimônia. Vai ter que chegar cedo, se pretende utilizar o Santos Dumont, e não poderá sair enquanto não expirar o inusitado prazo. Na hipótese de precisar retornar antecipadamente a Brasília, por conta de uma crise política qualquer, estará prisioneira de Joseph Blatter e companhia.
Faz muito que a FIFA vem exagerando, exigindo a construção ou modificações milionárias em estádios variados, de acordo com suas regras. Quer avenidas e transporte de massa em torno desses locais segundo padrões que impõe sob a ameaça de transferir a realização da Copa para outro país. Controla os contratos de publicidade e prestação de serviços, ganha comissões, manipula o crédito e até escolhe as empresas encarregadas executar obras e de atuar no certame.
A tudo o país se curva, governo e economia privada, sem ponderar que muito maior prejuízo teria a FIFA caso nos negássemos a cumprir suas determinações. Apesar da euforia econômico-financeira que nos assola, valeria atentar para o fato de que estádios de futebol já possuímos aos montes, capazes de abrigar nossas torcidas e em número superior a hospitais, escolas, portos e postos de defesa de nossas fronteiras. Mesmo assim, dezenas de bilhões vem sendo desviados para satisfazer as imposições dessa mais nova eminência colorida, pois deixou de ser parda. Se é desse jeito que as coisas funcionam, muito acima e além de nossa soberania, logo surgirá um partido político lançando Joseph Blatter para presidente do Brasil...
Tudo bem, é da vida a existência dessas influências por trás do trono, mas alguma coisa está errada quando as eminências pardas assumem a forma de entidades ou empresas que mais parecem um arco-iris flamejante. O Brasil, como nação, ganhou um amo e senhor, melhor dizendo, um feitor de escravos, empenhado em ditar ações que seriam de nossa exclusiva competência.
Chama-se FIFA, que desde a nossa escolha para sediar a Copa do Mundo de 2014 vem dando não apenas palpites, mas expedindo ucasses e determinações escandalosas. Sua última interferência foi fechar por quatro horas, no próximo sábado, o Aeroporto Santos Dumont, no Rio. Só porque o sorteio das eliminatórias do certame acontecerá na Marina da Glória, na parte da tarde, nenhuma aeronave poderá aterrissar ou levantar vôo, duas horas antes e duas horas depois. Pior é que o nosso governo aceitou a exigência, feita através do ministério dos Esportes e destinada a atingir a proporia presidente Dilma Rouseff, que já confirmou presença na cerimônia. Vai ter que chegar cedo, se pretende utilizar o Santos Dumont, e não poderá sair enquanto não expirar o inusitado prazo. Na hipótese de precisar retornar antecipadamente a Brasília, por conta de uma crise política qualquer, estará prisioneira de Joseph Blatter e companhia.
Faz muito que a FIFA vem exagerando, exigindo a construção ou modificações milionárias em estádios variados, de acordo com suas regras. Quer avenidas e transporte de massa em torno desses locais segundo padrões que impõe sob a ameaça de transferir a realização da Copa para outro país. Controla os contratos de publicidade e prestação de serviços, ganha comissões, manipula o crédito e até escolhe as empresas encarregadas executar obras e de atuar no certame.
A tudo o país se curva, governo e economia privada, sem ponderar que muito maior prejuízo teria a FIFA caso nos negássemos a cumprir suas determinações. Apesar da euforia econômico-financeira que nos assola, valeria atentar para o fato de que estádios de futebol já possuímos aos montes, capazes de abrigar nossas torcidas e em número superior a hospitais, escolas, portos e postos de defesa de nossas fronteiras. Mesmo assim, dezenas de bilhões vem sendo desviados para satisfazer as imposições dessa mais nova eminência colorida, pois deixou de ser parda. Se é desse jeito que as coisas funcionam, muito acima e além de nossa soberania, logo surgirá um partido político lançando Joseph Blatter para presidente do Brasil...
por Carlos Chagas
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