Ainda que com jeito, os governadores do Nordeste deixaram em mãos da presidente Dilma Rousseff um nó daqueles dignos de Alexandre, capaz de ser desatado apenas com a espada. Deixaram claro que sem a volta da CPMF ou sucedâneo não poderão cumprir o dispositivo constitucional do teto mínimo com gastos de saúde pública. A situação em seus estados é lamentável, sem exceções.
Sem dúvidas a maior derrota parlamentar do popularíssimo governo Lula foi a queda da CPMF, no Senado. Insistir no retorno ao imposto do cheque, para Dilma, será tirar passaporte para a derrota, mas encontrar solução parecida na criação de mais taxações não será nada diferente. E sem a garantia de preencher o vazio nos cofres estaduais, porque o cheque vem se tornando rapidamente coisa do passado. Instrumento em desuso no mundo financeiro, substituído pelos cartões de crédito. Quanto a esses, melhor não mexer, já submetidos a juros escandalosos na hora de esticar as dívidas.
Fazer o quê? Contar com os lucros do pré-sal antes da hora não dá. Arcar com despesas estaduais também não. Deixar a população à míngua, sem receber o mínimo imprescindível em termos de saúde pública equivalerá a armar uma bomba dos diabos, capaz de explodir em eleições próximas.
Na reunião de segunda-feira, em Alagoas, nem tudo foram comemorações e abraços entre a presidente e os governadores do Nordeste. Ficou o nó.
Sem dúvidas a maior derrota parlamentar do popularíssimo governo Lula foi a queda da CPMF, no Senado. Insistir no retorno ao imposto do cheque, para Dilma, será tirar passaporte para a derrota, mas encontrar solução parecida na criação de mais taxações não será nada diferente. E sem a garantia de preencher o vazio nos cofres estaduais, porque o cheque vem se tornando rapidamente coisa do passado. Instrumento em desuso no mundo financeiro, substituído pelos cartões de crédito. Quanto a esses, melhor não mexer, já submetidos a juros escandalosos na hora de esticar as dívidas.
Fazer o quê? Contar com os lucros do pré-sal antes da hora não dá. Arcar com despesas estaduais também não. Deixar a população à míngua, sem receber o mínimo imprescindível em termos de saúde pública equivalerá a armar uma bomba dos diabos, capaz de explodir em eleições próximas.
Na reunião de segunda-feira, em Alagoas, nem tudo foram comemorações e abraços entre a presidente e os governadores do Nordeste. Ficou o nó.
Carlos Chagas
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