Noite de Prata



As estrelas tão cheias de mistérios
São testemunhas...
Olhos atentos
Pequeninos pontos de luz

No imenso lençol que a noite tecera

Manto reluzente na madrugada fria

Minha florzinha
Minha estrelinha
Aquela última recordação de sua carne de amor
A boca em atitude de perpétuo sorriso
Indecifrável e mudo

O corpo gotejante de suor
Exalando profundo suspiro
O hálito frio do vento
O ventre coberto por pequeninos cristais

O prazer de ser amado por ela
No azul reluzente da fria madrugada
Grandes sinos pomposos repicavam, repicavam E todo o ar gemia Num concerto de alegria.




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