FHC e sua descoberta tardia do assassinato de reputações

Lamentável, inoportuna e infeliz a manifestação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, externada em nota oficial sobre o livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr, lançado ha úma semana. Sem contar que, atrasada - o livro foi lançado no sábado passado e FHC só se manifestou na 5ª feira seguinte.

FHC diz em sua nota: "Chega de assassinatos morais de inocentes. Se dúvidas houver - e nós não temos - que se apele à Justiça, nunca à infâmia". O ex-presidente adota, assim, um comportamento moral e politico sobre o livro e os eventualmente atingidos pela denúncias.

Um comportamento, registre-se, que jamais adotou durante esses meses todos - fiquemos apenas neste ano - quando reputações de vários inocentes foram assassinadas sem que o ex-presidente se pronunciasse em relação a um deles sequer.

FHC manteve silêncio enquanto PSDB fazia linchamentos morais


Os assassinatos de repútações ocorreram o ano todo praticamente, sem que o ex-presidente jamais protestasse contra eles em nome da presunção da inocência das vítimas,  ou evocando o principio de que o ônus da prova cabe ao acusador, ou mesmo lembrando que ninguém pode ser "assassinado" ou linchado moralmente sem que corra e chegue ao fim o devido processo legal.

Pelo contrário, o PSDB do ex-presidente e o tucanato todo estimularam e comandaram a caça as bruxas, o macarthismo e o linchamento público de inocentes, já que não se tratava de acusados processados e julgados. Alguns sequer eram investigados.

Vejam, também, a nota abaixo FHC e Serra trataram da privataria para atender demanda da mídia.
por Zé Dirceu

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