Acordo tácito Haddad e Chalita


Avança em bom ritmo a pré-campanha do nosso candidato a prefeito de São Paulo este ano, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, agora com este produtivo encontro com o também candidato a prefeito pelo PMDB, deputado Gabriel Chalita (SP).

Em jantar no apartameno do peemedebista em Higienópolis, Haddad e Chalita acertaram estar juntos num eventual 2º turno contra o concorrente tucano José Serra, caso este chegue à etapa final do pleito.
"Se isso acontecer, se um de nós for para o 2º turno, contará com o apoio do outro", confirmou Haddad em sua primeira declaração pública sobre o acordo.

"Mas espero que nós dois possamos disputar o 2º turno, quem sabe...", completou o petista. 
Depois de destacar "a relação de respeito e amizade" entre os dois, o candidato petista destacou que "não se espera outra coisa (que não o acordo) entre nós. No que nos diz respeito, isso está implícito desde sempre".

"Foi um jantar de amizade e de elegância.Queremos manter uma relação harmoniosa na campanha. Nossos partidos são aliados no governo Dilma. Todo o cuidado para evitar brigas entre PT e PMDB na eleição de São Paulo é fundamental", reforçou Chalita ao confirmar o jantar oferecido a Haddad.

Acordo pode nos dar a vitória no 2º turno

Assim, confirmada por ambos, a notícia é ótima e, na minha avaliação, garante a vitória contra os tucanos no 2º turno. Sem salto alto e sem euforia fora de hora, o entendimento entre Haddad e Chalita enfraquece ainda mais a combalida o nome de José Serra, candidato de um PSDB dividido, rachado ao meio - ele venceu a prévia domingo pp. com 52% dos votos.

Pior, José Serra é um candidato que, além ser o campeão de rejeição entre os concorrentes deste ano - 35% dos eleitores paulistanos, segundo o Datafolha, rejeitam sua candidatura - enfrenta a desconfiança do eleitorado que acredita e teme que ele, caso se eleja, abandonará de novo a prefeitura, como fez em 2006 quando renunciou antes de cumprir sequer a metade do mandato.

A população vê José Serra como um candidato que não tem ou não honra a palavra - na campanha de 2004 ele assinou documento garantindo que não renunciaria e cumpriria o mandato na Prefeitura até o fim. E José não tem margem de ampliação de apoios no 2º turno.

Que aliança serrista, hein!

Se chegar lá, ficará só com os aliados do 1º. Um deles, o DEM, bastante incômodo no momento; o outro o PP malufista. Que aliança hein!

Já do nosso lado, tudo caminha para a aliança do PT/candidatura Haddad com o PR, o PSB e o PC do B. Os entendimentos prosseguem, vamos aguardar. Na semana passada, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) discutiu essa frente em jantar com os presidentes nacionais do PC do B, Renato Rabelo, e do PRB, Marcos Pereira. Os dois partidos têm pré-candidatos - vereador Netinho de Paula (PC do B) e ex-deputado Celso Russomanno (PRB).

Delineiam-se, assim, a tática comum para enfrentar José Serra - a mesma que já se mostrou viável na disputa eleitoral de 2010  - e a tendência de um amplo e forte bloco anti-serrista na campanha eleitoral.

por Zé Dirceu

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