Pesquisa mostra que de 2005 a 2011 63,7 milhões de pessoas ascenderam socialmente no país. Claro que devem esta ascensão aos Jênios tucademos liberais de araque.
DANIELA AMORIM / RIO – O Estado de S.Paulo
O aumento de 14% do salário mínimo em janeiro ajudou a turbinar o rendimento médio do trabalhador brasileiro em fevereiro, que atingiu R$ 1.699,70, um valor recorde.
Houve ligeiro aumento na taxa de desemprego na passagem de janeiro para fevereiro, o que já era esperado por causa do movimento natural de dispensa de trabalhadores temporários nessa época do ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o índice de desemprego, de 5,7% em fevereiro, manteve a tendência de taxas decrescentes na comparação com o ano anterior. É a menor taxa para o mês desde o início da série histórica, em 2002
A massa de salários pagos aos trabalhadores somou R$ 38,7 bilhões, alta de 5,8% ante fevereiro de 2011. “A expansão do rendimento médio real constituirá fator relevante de impulso ao consumo das famílias nos próximos meses”, previu o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, chefiado pelo economista Octavio de Barros.
Em São Paulo, a renda média dos ocupados ficou ainda maior do que a nacional, de R$ 1.813,10. Foi a primeira vez que a renda na região metropolitana ultrapassou a barreira dos R$ 1.800. O aumento foi de 5,4% em relação a fevereiro de 2011, e de 2,6% ante janeiro de 2012.
No País, o aumento da renda média do trabalhador foi de 4,4% ante fevereiro do ano passado. Na comparação com janeiro, houve alta de 1,2%. O impacto do salário mínimo já havia sido sentido no mês anterior, mas voltou a aparecer em fevereiro.
Temporários. “O aumento tem explicação também na dispensa dos trabalhadores temporários no início do ano, que normalmente ganham menos e puxam a média para baixo. Então, com a saída deles, a renda tende a ficar mais alta mesmo”, disse Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Entre as categorias que perceberam os maiores aumentos estão as mais indexadas ao mínimo, como comércio e empregados domésticos.”
Embora a taxa de desemprego em fevereiro tenha sido a menor para o mês em dez anos, Azeredo diz que a desocupação só deve cair novamente quando a economia voltar a ficar aquecida.
“A economia ainda não está aquecida para voltar a gerar postos de trabalho e absorver essa população desocupada. A taxa vai cair quando a economia se aquecer de novo. Segundo a série histórica, esse processo pode se dar no primeiro ou no segundo trimestre”, disse Azeredo.
No entanto, o pesquisador do IBGE não descarta novo aumento na desocupação em março, como reflexo das dispensas de temporários após o carnaval e o fim do verão. “Ainda podem acontecer mais dispensas em março, pelo fato de o carnaval ter acontecido no fim de fevereiro”, avisou.
A indústria voltou a cortar vagas, embora o impacto não tenha sido sentido na taxa nacional. Foram demitidos 19 mil trabalhadores. Para o IBGE, o resultado é considerado próximo da estabilidade: -0,5%. Mas o corte já chegou a 55 mil postos na comparação com fevereiro de 2011 (-1,5%).
Com relação a média salarial faltou a reporter falar sobre o aumento real, isto é descontada a inflação do período. Números absolutos sem que sejam deflacionados nunca correspondem a verdade.
ResponderExcluirDeve-se considerar também a redução da pobreza no Brasil de 1994 (implantação do Plano Real) até os dias de hoje.
Pode-se, para fins comparativos, verificar o percentual da população que saiu dos níveis de pobreza do período FHC e Lula. Vê-se então que há uma igualdade. Em cada um dos períodos 11% da população sairam do nível de pobreza.
Esta é a forma certa de se comparar, uma vez que em números absolutos a população cresce a cada ano e números absolutos distorcem a realidade.