[...] não tenho mais imaginação para levar na boa e na argumentação gente estúpida, gente ignorante, gente sem a mínima condição de conversar. Estou sem paciência para direitistas, para homofóbicos, para machistas, para racistas, para idiotas cheios de informação, cheios de experiência de vida, cheios feito balão, só que não ultrapassam o limite das décadas de exceção.
A vocês que pensam que a democracia é esta pouca coisa para uns poucos “coisos”, não se preocupem, não vou censurar as idiotices que falam! Podem continuar a arrotar asneiras, posicionamentos excludentes, visões de mundo que não saem do restaurante de luxo, das boates de luxo, dos gabinetes de luxo, das zonas de luxo.
Apontem meus erros, apontem minhas contradições, apontem todas as minhas falhas juvenis. Mais do que isso, repitam que minha juventude é passageira e que a experiência vai me dar serenidade para enxergar que o mundo é o que é.
Eu vou dizer que não, estou dizendo que não, torço e trabalho para que essa coisa estranha mude, mude ainda muito, porque não gosto de mediocridades. Não é porque sou uma pessoa mediana que eu não aprecie o que realmente me parece bom.
Estou cansado de falsos moralistas, de falsos conhecedores, cansado de argumentações de gente que mais valoriza a idade do que a humanidade que esquece que carrega, farto de picuinhas. Estou sem a menor vontade de participar de conversar botequeiras a respeito de direitos fundamentais como o direito a ser feliz sem agredir ninguém. Estou cansando, realmente, dos hipócritas que sabem que o são.
Enfim, por que não buscamos construir este nosso pedaço de mundo de modo mais aprendiz? São tantas as informações e tão pouco o conhecimento que efetivamente nos torna mais humano em tudo o que debatemos. Estejamos, pois, mais dispostos a apreender o diferente, o que nos é incomum, a tentarmos entender o que não ouvimos, a ser menos retrógrados, menos conservadores e saudosistas do oprimir. Por que não?
por Luiz Augusto A. S. Rocha, 26 anos, jornalista (e servidor público), Ji-Paraná-RO
Nenhum comentário:
Postar um comentário