Pig não vai mudar


Sinceramente, não acredito que de uma hora para outra a velha mídia mudará de comportameno. O escândalo Cachoeira é, seguramente, o mais escabroso da história política brasileira. Essa mistura promíscua do crime organizado, polícia, políticos, judiciário e imprensa pode não ser inédita, mas é a primeira vez que se mostra a opinião pública de corpo inteiro.
Desde criança ouvia aquela velha história que jornal só conta mentira, aliás, muito parecida com a generalização de que todo político rouba. Até tempos atrás fui um voraz leitor de jornal e sei que é uma generalização injusta, tanto para um como para o outro.
Acho que chegou a hora dos políticos e jornalistas verdadeiramente honestos se posicionarem. As primeiras  reações ao Caso Cachoeira foram de colocar panos quentes. É um tal de empresário de jogos, o senador disse... No Congresso a coisa está na base do "Brutus é um homem muito honrado". Hoje já se está tratando Cachoeira de bicheiro e as gravações, que já estavam disseminadas na blogosfera, finalmente, chegaram ao horário nobre da televisão e, em alguns casos, as primeira páginas. Ainda faltam as duzentas conversas entre Cachoeira e Policarpo e a contundência que costumam tratar os malfeitos do lado governista.
O escândalo  pode ser um divisor de águas no combate a corrupção no país. Nunca um esquema mostrou tentáculos tão profundo em instituições importantes para a democracia brasileira. Quem não for a fundo  na apuração dessa história, certamente, está conivente com as práticas criminosas dos envolvidos.
por Luiz Gonzaga da Silva

2 comentários:

  1. O escândalo mais escabroso da história brasileira foi o esquema de corrupção montado por José Dirceu, Delúbio Soares, Luiz Inácio Lula da Silva, Marcos Valério, José Genuino e outros que ficou apelidado como mensalão.

    Os neo nazistas lulo petistas buscam agora encobrir a verdade com outro escândalo, o de Demostenes Torres.

    Não podemos baixar a guarda com relação a corrupção. Tolerância zero.

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  2. Bem que o então presidente Lula avisou: "O que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente". À época, em meados de 2005, ele falava do caixa 2 dos partidos e seus candidatos.

    Tratava-se de uma marota tentativa de calar a denúncia do mensalão, reduzindo o escândalo sem precedentes da compra sistemática de votos de deputados em benefício do seu governo ao que seria o pecadilho - amplamente difundido - do recebimento e dispêndio de "recursos não contabilizados" para ganhar eleições, conforme o eufemismo do memorável tesoureiro petista Delúbio Soares.

    Mas não será por falta de empenho de sua gente que o álibi confeccionado por Lula há quase sete anos perderá atualidade.

    Que o digam, por exemplo, os seus companheiros de Santa Catarina. E que o diga a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvati, alçada pela presidente Dilma ao cargo de coordenadora política do Planalto depois de ocupar, entre janeiro e junho do ano passado, o semiclandestino Ministério da Pesca - como parco prêmio de consolação por ter perdido a disputa pelo governo do Estado, em outubro de 2010.

    Em recursos contabilizados, o PT estadual bancou 81% dos R$ 3,6 milhões que a campanha custou. No meio do caminho, o partido recebeu uma doação de R$ 150 mil.

    Aí que a história começa a ficar parecida com tantas outras que fazem parte dos usos e costumes políticos do País - com a suposta diferença de que o PT "tem na ética uma de suas marcas mais extraordinárias", nas palavras de Lula para exorcizar o mensalão.

    Entre 2009 e 2010, sendo o titular da Pesca o também catarinense Altemir Gregolin, a pasta encomendou a uma empresa local, Intech Boating, um total de 28 lanchas-patrulha, ao custo de R$ 31 milhões. Nesse meio tempo, o sócio majoritário da Intech, o paulista José Antonio Galízio Neto, de longa data filiado ao PT, recebeu o irrecusável convite de doar os referidos R$ 150 mil ao comitê financeiro do partido - o que aceitou prazerosamente.

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