Antes consideradas pouco competitivas, as regiões Norte e Nordeste ganham cada vez mais participação no varejo brasileiro. Classe média está preparada para gastar, aponta Abiev.
"A crise no varejo está aqui no Sudeste e no Sul. Se olharmos para o Norte e Nordeste, vemos um outro Brasil, que nem se fala em crise financeira", aponta Julio Takano, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para Varejo (Abiev).
Segundo ele, os consumidores do Sudeste e do Sul não estão comprando devido aos preços locais. "O governo não investiu em tecnologia nas indústrias. Logo, nossos produtos não ficam competitivos. O consumidor não está segurando o dinheiro. Ele está indo viajar para o exterior para comprar produtos mais baratos e de qualidade", explica Takano.
Para ele, as grandes varejistas devem ampliar suas lojas para o Norte e Nordeste porque é onde elas vão lucrar. "O segmento de commodities na região, principalmente no Pará, está gerando muito dinheiro e o pessoal está disposto a gastar".
Segundo a economista Thais Zara, da Rosenberg Consultores Associados, "os consumidores estão com dinheiro, mas a cautela em relação às notícias sobre inadimplência e a crise internacional geram cuidado".
Já na opinião de Fernando de Castro, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), o setor vai bem, com uns segmentos melhores e outros nem tanto, mas ainda são necessários mais incentivos.
"O varejo é o segmento na economia que mais gera emprego. O governo deveria dar uma atenção melhor, para não reduzir o número de vagas", afirma Castro.
O varejo brasileiro representa 14% do Produto Interno Bruto. "Ainda há espaço para crescermos. Nos países desenvolvidos, o valor é de 20%", completa o presidente do IDV.
Niviane Magalhães - nmagalhaes@brasileconomico.com.br
Depois de ser um dos “queridinhos do mercado” no ano passado, o Brasil não é mais visto pelos investidores internacionais como um lugar sem crise e em pleno desenvolvimento. Matéria da revista Forbes desta quinta-feira destaca que entre os BRICs – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China – o país é o que vai crescer menos. A reportagem ressalta que a economia doméstica terá desempenho pior que a americana, epicentro da crise financeira internacional, que até hoje luta para voltar a crescer. “A projeção é que os Estados Unidos cresçam 2% neste ano, o maior avanço entre os países desenvolvidos. Entretanto, o PIB do Brasil parou completamente, dando-lhe o pior desempenho entre os quatro maiores emergentes (BRICs)”, diz a Forbes.
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