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Luis Nassiff: o "fracasso" de Lula ao escolher Haddad


Qual a diferença entre burocratas e inovadores? Os primeiros se baseiam em pesquisas para saber o que os consumidores querem. Os segundos se baseiam na intuição para saber o que os consumidores irão querer. Se medíocres, produzirão fracassos; se geniais, produzirão revoluções.
É diferença fundamental. Se deixar a bola com o consumidor, ele só poderá opinar sobre o que conhece, isto é, sobre o padrão antigo. Já os  inovadores intuem o novo, correm o risco de apresentar o que o consumidor ainda não conhece. Se não conhece, como saber se aceitará o novo?
Daí a dificuldade do chamado pensamento médio em captar o alcance dos grandes lances políticos, conforme se pode conferir nas análises prévias sobre o lançamento da candidatura Fernando Haddad por Lula.
Por O Escritor
A infalível bola de cristal das(dos) jornalistas do PIG
1. Dora Kramer.
"Lula achou que pudesse descartar impunemente a senadora Marta Suplicy, aproximar-se de Gilberto Kassab ao custo do constrangimento da militância e do discurso petista, anular uma prévia reconhecida como legal no Recife, pedir bênção a Paulo Maluf, direcionar a posição de um ministro do Supremo Tribunal Federal e administrar uma comissão de inquérito ao molde de seus interesses como se não houvesse amanhã."
"Lula não é o espetacular articulador que se imagina. Apenas tinha, e agora não tem mais, todos os instrumentos de poder nas mãos, os quais utilizou com ausência total de escrúpulos."
2. Eliane Cantanhêde.
"Além de ficar "feio", a foto é uma espécie de documento não só dos erros como das derrotas de Lula ultimamente. O nosso gênio da política tem levado vários tombos: o drible de Kassab, o gol contra no jogo com Maluf, a petulância de Marta e a lição pública de Luiza Erundina."
3. Merval Pereira.
A foto que incomodou Luiza Erundina e chocou o país, do ex-presidente Lula ao lado de Paulo Maluf para fechar um acordo político de apoio ao candidato petista à prefeitura paulistana (o nome dele pouco importa a essa altura), é simbólica de um momento muito especial da infalibilidade política de Lula.
" O choque causado por esse movimento radical pouco importará se a vitória vier em outubro. Mas se sobrevier uma derrota, a foto nos jardins da mansão daquele que não pode sair do país porque está na lista dos mais procurados pela Interpol será a marca da decadência política de Lula, que estará então encerrando um largo ciclo político em que foi considerado insuperável na estratégia eleitoral."
4. Mãe Dinah.
Opa! Desculpe.
5. A voz dos patrões.
"O que chama a atenção é a sua confiança nos superpoderes de que se acha detentor, graças aos quais, imagina, conseguirá dar a volta por cima na hora da verdade, elegendo Haddad e sufocando a memória da indecência a que se submeteu. Não parece passar por sua cabeça que um número talvez decisivo de eleitores possa preferir outros candidatos, não pelo confronto de méritos com o petista, mas por repulsa à genuflexão de seu patrono perante a figura que representa o que a política brasileira tem de pior."
Confirma, em primeiro lugar, o mau estado em que se encontram os tão proclamados instintos políticos do chefe petista. Seu senso de onipotência, alimentado pela criação vitoriosa de uma candidata quase desconhecida à sua própria sucessão, terá provavelmente feito com que desprezasse os riscos dessa excursão fotográfica.
* * *
E quando o futuro chega, e o candidato-cujo-nome-não-importa ultrapassa, nas intenções de voto, o supercandidato eterno de 43 milhões de votos, um mês antes da eleição...
"A propósito, o tracking diário feito pelo PT – ou seja, a pesquisa eleitoral telefônica da campanha – mostrou hoje,pela primeira vez, Fernando Haddad à frente de José Serra. Celso Russomanno continua inabalável na liderança. Aos números: Haddad, 18%; Serra, 16%; e Russomanno, 31%.
"Até quinta-feira, nova pesquisa do Datafolha comprovará ou não essa ultrapassagem – ainda dentro da margem de erro.
Por Lauro Jardim"
... bem, muda-se de opinião.
"Muita água ainda vai rolar na eleição e convém resistir ao "adivinhômetro", mas já há constatações. Uma é que o abraço em Paulo Maluf fez muito menos mal a Haddad do que a aliança com Gilberto Kassab está fazendo a Serra. Outra é que Haddad é muito forte tanto para ser prefeito quanto para ser uma volta por cima do PT."

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