Prefiro o Brasil.
Eleições nos EUA é a coisa mais morta que existe. Menos da metade dos Americanos votam, tendo a menor taxa de comparecimento das democracias ocidentais. Isso independe do voto ser obrigatório ou não, pois outros países com voto facultativo têm maior comparecimento. A única que gera algum tipo de mobilização é a presidencial, ainda sim, baixa. Nunca presenciei eleição mais morta do que a para prefeito de Atlanta. Foi como se não existisse.
É uma eleição "privatizada", dominada por lobbies, e candidato nenhum é viável que não esteja sustentado por doadores de interesses suspeitos. Os dois candidatos principais têm dinheiro corporativo e do sistema financeiro por trás. Então o "qualquer americano pode se candidatar" é de mentirinha, porque não terá espaço algum para ser ouvido. A mídia "plural" não mostra pluralidade política nenhuma; só se fala nos dois de sempre. No caso dos debates televisados, a midia e os dois partidos explicitamente eliminam/vetam qualquer outro nome. O sistema mata a dissidência. Isso também existe no Brasil, mas nos EUA está elevado à máxima potência. Até o PSTU e o PCO têm mais espaço aqui do que o Partido Verde nos EUA, e este nem é muito radical.
Cada estado tem suas próprias regras? É impressionante como essas regras são usadas para retirar direitos de latinos e negros. Principalmente no Sul, a cada eleição surgem novos entraves, retirando o direito de voto de alguém, mas explicitamente atingindo as minorias. Boca de urna é liberada, e casos de eleitores coagidos ou até enganados à caminho da votação não são tão raros.
O que o texto acima chama de "liberal e autonomista" eu chamo de democracia privatizada do livre mercado. É a lei do mais forte, a lei da selva. O texto também cai na balela norteamericana de criticar o "daddy state", identifica liberdade com o sistema (neo)liberal, e reproduz uma crença infantil e burguesa sobre a autonomia do individuo.
Juan
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