Nelson Brito e a luta do século


Quem assistiu a luta do século, sofreu por muitos e muitos assaltos sem compreender porque Cassius Clay apanhava tanto de Foreman, apenas se esquivando e sem agredir. Só no final é que Clay, ainda inteiro apesar da cara deformada, partiu para nocautear um adversário cansado de tanto bater.
Comunistas da velha guarda falam da perplexidade que foi acompanhar pelo noticiário o rápido avanço do Eixo sobre os soviéticos, com o Exercito Vermelho oferecendo relativamente pouca resistência. As batalhas decisivas e o contra ataque até a rendição do inimigo só começaram bem mais tarde
É de fato angustiante apanhar, perder batalhas sem que se tenha lutado com todas as forças. Mais ou menos como nos sentimos hoje assistindo a criminalização do PT na mídia, no STF, sem que se convoque o povo para a rua, sem que se promulgue a lei da mídia, etc., etc., etc. Nesta hora, a emoção não nos deixa ver que apostar todas as fichas em batalhas erradas pode parecer heroico, mas é apenas trágico.
Tenham certeza: enquanto a história do PT for apanhar muito e não parar de crescer é porque seus dirigentes estão, há um bom tempo, escolhendo bem a hora de apenas esquivar e a hora de contra atacar. Fato inédito na história da esquerda brasileira.

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