Em primeiro lugar é preciso dizer que o portal publicou uma mentira. O Ministério Público de Minas Gerais não acusa a CartaCapital de forjar nada. O MP divulgou nota no dia 20 de dezembro dizendo que um documento, com trechos publicados na revista, seria falso, e iria investigar sua origem. Em nenhum momento acusou a revista de forjá-lo.
Na reportagem da revista, assinada por Leandro Fortes, está escrito com todas as letras a origem do documento que alimentou a reportagem: consta dos autos do inquérito 3530/STF, e pode ser obtido também na 2a. e na 11a. vara criminal de Belo Horizonte (o MP alegou, depois da reportagem publicada, que o documento na 2a. vara é diferente e seria fraudado).
Também na reportagem, Leandro Fortes escreve que o advogado de Nilton Monteiro (que conviveu com os bastidores tucanos e depois divulgou a Lista de Furnas e outras informações) encaminhou todo o material à Polícial Federal, à Corregedoria da Polícia Civil de MG (a investigação lá está sob suspeita por acusações de ingerência política para proteger tucanos e corrupção policial), ao Conselho Nacional de Justiça (há também acusações envolvendo membros do Judiciário), e ao ministro Joaquim Barbosa do STF.
Se os demotucanos acham que "pegarão" a Carta Capital, por que não abrem uma CPI sobre esta reportagem, sobre o documento supostamente "forjado" e sobre os fatos relatados para esclarecer?
Carta Capital não é a Veja, Leandro Fortes não é Policarpo Júnior, e Mino Carta não é Roberto Civita.
Todos da Carta Capital não terão nenhum problema em testemunhar em uma CPI o que sabem a partir de suas apurações jornalísticas.
por Zé Augusto