Todo mundo já passou pela fase da paixão. Alguns uma vez; outros várias. É uma fase das mais gostosas, que dá vontade de ficar o dia todo ao lado da pessoa amada. Família é esquecida, amigos deixado de lado, o pensamento voa em direção daquele rosto que você quer ver o dia todo. Paixão correspondida então é o melhor dos mundos. Mas como o planner pode usar isso a seu favor?
Vamos pensar com calma. Uma pessoa apaixonada não trai, certo? Quando a paixão é forte, você não trai, você não olha para o lado e defende a pessoa amada contra tudo e contra todos. Se uma outra pessoa se interessa por você, você não dá bola, não quer nem saber. Bom, acho que esses são alguns “sintomas” da paixão. Posso dizer tranquilamente pois estou vivendo isso nesse momento que escrevo esse artigo.
Ok, mas estamos em um site sobre mercado e negócios e não sobre o amor. O que isso tem a ver com o mercado? Se você é de marketing e comunicação, tem tudo a ver. Uma rápida questão, que eu sempre falo em sala de aula, uma pessoa faz uma tatuagem do logo da Harley-Davidson no peito. Qual a chance dessa pessoa comprar um Suzuki? Um cara corta todo o cabelo, fica careca, e tatua o símbolo da Nike na nuca. Ele vai comprar um Adidas?
Fazer o consumidor da marca se apaixonar por ela é uma das tarefas mais difíceis que o planner pode encontrar, entretanto, quando consegue é sensacional. É o que avaliamos como Share of Heart, ou seja, o quanto o seu consumidor é apaixonado pela sua marca. Quanto mais, menores são as chances de traição e maiores dele influenciar outras pessoas a comprar a sua marca.
Quando se estuda administração (não é o meu caso, pois estudei publicidade e propaganda) muito se discute a administração moderna do líder sedutor e carismático. Apple, Google, Mc Donalds – líderes carismáticos. Pessoas seguem essas marcas, se apaixonam, não traem. Costumo dizer nas aulas que se você falar mal da Apple no departamento de criação da agência corre o risco de ser linchado. Dando aula para criativos sempre ouço que essa afirmação é positiva. Steve Jobs era um líder carismático e conseguiu passar isso para a sua marca de uma forma que hoje ele não tem consumidores. Tem fãs.
O outro lado do planner é fazer com que a agência se apaixone pelo projeto. Muito se discute o nosso papel na agência, uns defendem que somos responsáveis por melhorar o trabalho da agência como um todo, pois damos embasamentos e insumos para isso. Concordo, e vou além dizendo que cabe a nós fazer com que a agência e cliente se apaixonem pela campanha. Trazemos inovação, diferenciais, análises da concorrência, mas não apenas o que está bom ou ruim. O que está ruim como vamos atacar! Nós traçamos as estratégias “matadoras” que farão o cliente estourar de vendas. Tudo isso envolve paixão e nós, somos os primeiros a ter que nos apaixonar pelo cliente, pelo produto, pelo brief e claro pela campanha. Se vende mais fácil quando há paixão ou como o mercado gosta, “sangue nos olhos”.
Agências sem paixão, não são criativas, não são ousadas e fazem mais do mesmo. Mais do mesmo deixou de vender a tempos! E ai, se apaixonou hoje?
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