Nexus 4 é pedra bem lapidada


Nexus 4
Nexus 4
Felipe Maia

O novo smartphone do Google pode ser comparado a um diamante. Não que seja tão valioso quanto a pedra preciosa, mas ele carrega em si o Android 4.2 em sua forma mais pura. Essa combinação faz crescer os olhos dos admiradores do sistema operacional sobre o Nexus 4, previsto para chegar ao Brasil na próxima quarta-feira, 27. E nossa análise mostra que eles têm razão.

Mas calma, lá. A comparação não significa que o novo aparelho do Google em parceria com a LG seja perfeito. Muito menos que o sistema operacional esteja isento de erros. Tampouco significa que ele agradará a todos: há quem não goste de diamantes. Os pesares existem e, apesar deles, o Nexus 4 é um excelente modelo. 

O chamariz mais reluzente é mesmo a integração entre software e hardware. O Android Jelly Bean voa em céu de brigadeiro pelo smartphone. Ele não engasga entre transições de imagens. A resposta da tela é quase instantânea ao toque. A interface do sistema reduz o número de gestos para realizar funções. Mesmo os botões dedicados adequam-se ao uso, mudando sua orientação ou desaparecendo se necessário.

Aos moldes do Windows Phone 8, a tela de bloqueio agora é editável, com um terço dedicado à câmera e outro terço disponível a qualquer aplicativo escolhido pelo usuário. Na barra superior de status há também um novo recurso. Chamada de Quick Settings, em inglês, a janela exibe uma série de opções básicas de configuração do aparelho, como uma evolução da PowerBar que ativa conexões sem-fio, por exemplo. Isso facilita bastante pequenas alterações no smartphone.
Reprodução
A costura com os serviços do Google também está mais amarrada. A agenda de pessoas é integrada ao Google Talk e exibe o status de cada contato com a opção de abrir o mensageiro da empresa. Outro diferencial é a navegação nativa pelo Google Chrome. O browser se comporta como no computador com melhorias voltadas para a tela pequena. Há, por exemplo, um botão para visualização de todas as abas abertas.

O teclado no novo sistema operacional também foi incrementado. Os botões estão mais nítidos e com menos caracteres. Existe uma função similar ao Swype, da Motorola, que permite escrever palavras sem tirar o dedo da tela. Na autocorreção, contudo, o sistema cometeu algumas falhas. Julien transformou-se em Julienne e ao apagar uma letra a palavra toda era deletada.

O problema fica pequeno ante a tela de 4,7 polegadas. Ela tem resolução de 1280 x 768 pixels com 16 milhões de cores e tecnologia IPS Plus. Filmes em alta definição do Youtube têm um ótimo palco no smartphone, mesmo se ele estiver um pouco de lado. O display é revestido por Gorilla Glass, o que, talvez, aumente seu índice de reflexo. 

O acabamento coloca o Nexus 4 à frente do Galaxy S4. Na lateral, uma borracha rígida reveste o smartphone, ajudando na sua pegada. Ela também oferece resistência às portas de conexão. Na parte de trás, mais vidro protetor. A tradução literal diz algo sobre a proteção que o Nexus recebeu contra riscos, arranhões e quedas -- e grandes primatas da selva tropical. Ela também cobre a lente da câmera com seu sensor de 8 MP.

A captura de fotos do aparelho segue a linha evolutiva do Google no Android. Ela é melhor que em versões anteriores, mas não espanta rivais como o iPhone 5 ou Lumia 920. O aplicativo suporta vários tipos de iluminação e fotografias em HDR, modo que retém mais detalhes de luz e sombra das cenas fotografadas. Ainda assim, num comparativo é possível perceber fidelidade ligeiramente maior da câmera da Apple nas cores fundamentais, muito embora a nitidez de ambas sejam equiparáveis.

Continua...
Páginas: 1 - 2

Nenhum comentário:

Postar um comentário