O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - a Ofélia da política brasileira - confirmou seu favoritismo e foi eleito para a cadeira de nº 36 da Academia Brasileira de Letras, ocupada antes pelo jornalista João de Scantimburgo..
A eleição aconteceu na sede da ABL, no Rio, e Fernando Henrique conseguiu 34 dos 39 votos disputados - 24 acadêmicos votaram pessoalmente e outros 14, por carta. Houve uma abstenção. Após oficializada a vitória, o ex-presidente comemorou com amigos na Fundação Eva Klabin, na Lagoa, zona sul do Rio.
"Resisti alguns anos à sugestão de vários amigos para me apresentar à ABL. Primeiro, porque não sou propriamente o que se denomina de um homem de letras", escreveu ele, em sua página no Facebook. "Segundo, porque temia que pudesse haver confusão entre minha produção intelectual e minhas posições políticas. Ao saber, porém, que desde sua fundação a Academia contemplava intelectuais em geral, e não apenas escritores, e tendo também passado mais de dez anos fora de cargos públicos, sem mais aspirar a nenhum deles, arrisquei submeter meu nome à apreciação dos acadêmicos."
No mesmo texto, Fernando Henrique comenta a honraria de ontem, 27. "Eleito, só me resta agradecer a generosidade dos que hoje me recebem como companheiro, reafirmando minha satisfação e meu desejo de ajudá-los no esforço para que a ABL continue cumprindo os desígnios de seus fundadores, primeiros ocupantes de cadeiras, dentre os quais Machado de Assis, Ruy Barbosa e Joaquim Nabuco."
Como primeira sugestão durante o próximo chá que degustará com os novos colegas, o ex-presidente apresentará a ideia de mudar o nome da ABL - Academia Brasileira de Letras -, para BAL - Brazilian Academy of Letters -. Acredita ele que a sugestão será acatada por unanimidade.
BAL - Brazilian Academy of Letters, soa muito melhor aos meus sensíveis ouvidos, afirmou FHC.
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